domingo, 23 de abril de 2017

A Ciclomobilidade em Niterói foi Destaque na Imprensa

Por Sérgio Franco




A importância da bicicleta como opção de mobilidade urbana na cidade de Niterói vem crescendo, mesmo com a Prefeitura de Niterói não estando acompanhando as demandas e o constante crescimento do número de ciclistas na cidade.

Prova disso é o número de matérias que Niterói teve nesta última semana tratando de mobilidade por bicicleta.

No dia 23 de Março o assunto foi a ausência das placas educativas que foram doadas ao custo de R$ 2000,00 através de um projeto da Faculdade de Empreendedorismo da UFF a matéria foi publicada no O Globo e pode ser vista Aqui, segundo a matéria o presidente da NitTrans prometeu que as placas seriam instaladas até "a próxima semana", contudo, a "próxima semana" passou e nenhuma das placas doadas foram instaladas (1 mês após a publicação da matéria e nada).

Agora, dia 22 de Abril novamente a a ciclomobilidade esta em destaque.

Na matéria vinculada no O GLOBO, que pode ser lida Aqui, o destaque foi o incrível aumento no número de ciclistas que foi constatado pelo Mobilidade Niterói com ajuda dos estagiários do Niterói de Bicicleta, Filipe Simões, Mariana Barcellos e Esteban Sanchez.


Aumento Contínuo 

Começamos com 63,5 ciclos/hora e hoje contamos 174,5 ciclos/hora. Saímos de uma média de 93,9 ciclos/hora no ano de 2015 para 160,9 ciclos/hora de média em 2017 (até o momento).

Não conseguimos vincular o aumento do número de ciclistas ao bicicletário, pois o mesmo só foi inaugurado no dia 27 de março e já tínhamos contabilizados aumentos expressivos em janeiro e fevereiro, com 101,5 e 207,5 ciclos por hora respectivamente.


Comparação 


A matéria ainda destaca a importância da Av. Marquês de Paraná para a ciclomobilidade, porém até hoje nenhuma melhoria na segurança foi implementada, fosse sinalização, diminuição da velocidade, implementação de ciclo rota. Apenas uns cones, hoje piada entre os ciclistas, que não oferecem nenhuma proteção, e pelo contrário, até aumentam o perigo, já que ficam encostados no meio fio.

A matéria ainda repercutiu nacionalmente através da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos).

Também no dia 22 de abril o jornal O Fluminense também deu destaque para a ciclomobilidade (matéria Aqui). A manchete destaca a sinalização que deverá ser implantada, contudo, os ciclistas da cidade sabem que estas já deveriam ter sido instaladas.

A matéria lembra novamente da placas doadas pelo projeto de mobilidade urbana desenvolvido pelos alunos Mateus Marques e Yago Caetano, da Faculdade de Empreendedorismo da UFF. Novamente lembrando e cobrando que as 8 placas educativas que tanto fazem falta para orientar os motoristas sobre as prioridades foram entregues à NitTrans em dezembro e até o momento (23/04/2017) não instaladas.

As placas já deveriam ter sido colocadas nos cruzamentos da Avenida Roberto Silveira com as ruas Sete de Setembro,  Domingues de Sá, Pereira da Silva e Presidente Backer, além dos cruzamentos na Av. Amaral Peixoto.


Locais de instalação das placas

A matéria também destaca o grande crescimento no uso da bicicleta como meio de transporte que que vem ocorrendo na cidade.

O Mobilidade Niterói esclarece que, como a verba era limitada, os locais escolhidos para por a sinalização foram aqueles que já possuíam alguma estrutura cicloviária e com grande número de ciclistas. O projeto original previa mais placas, infelizmente o projeto não conseguiu verba para todas.

Também foi levado em consideração o Mapa de Acidentes e Incidentes Com Ciclistas em Niterói (AQUI)



Agora, por que este salto no uso da bicicleta? 

Bem, primeiro, quanto mais pessoas adotam a bicicleta como meio de transporte, mais pessoas tomam coragem e se animam em também adotar a bicicleta para se locomover pela cidade. 

Outro ponto importante, as distâncias que são percorridas em Niterói são curtas, 5 km a partir do centro da cidade praticamente cobre toda região de Niterói (excetuando a região oceânica). 

Iniciativas como o Bike Anjo Niterói (que ensina crianças e adultos a andarem de bicicleta) e Ciclistas de Niterói, grupo de cicloturismo e atletas amadores da cidade, acabam por trazer novos ciclistas para o dia a dia da cidade.

Grupos de ativismos como o Pedal Sonoro, que além das atividades lúdicas quinzenais como os pedais com musica pela cidade, atividade esta que também acaba por fazer seus participantes a experimentarem a bicicleta como meio de transporte, e também promovendo atividades com a cicloexperiência e bicicleta nas eleições, estas trazendo esclarecimento a população do quão é importante o uso da bicicleta para a todos (não só ciclistas) e para toda a cidade.

Da mesma forma, pequenos avanços, tais como as implementações de ciclovias (mesmo muito precárias como a da Rua São Lourenço), ciclofaixas (mesmo as mais desrespeitadas como as do circuito universitário), e bicicletários, acabam por trazer um pouco mais de segurança aos ciclistas, e animam aos menos experientes a também a adotarem a bicicleta como meio de transporte. 

A nova dinâmica de mobilidade, no centro do Rio de Janeiro, com o Porto Maravilha e o VLT saindo da Praça XV também podem der sido influências para o aumento no número de bicicletas na cidade. No caso do Porto Maravilha, o caminho para os ciclistas se tornou mais tranquilo e seguro para quem quer se deslocar até o Santos Dumont ou até a Rodoviária Novo Rio. Já o VLT Praça XV da a opção, aos ciclistas que assim desejarem, de deixarem suas bicicletas no centro de Niterói, pegarem as barcas, e se descolarem até a Saara com conforto. Mas estas são apenas especulações que ainda serão objeto de estudo e pesquisa.

Mas até mesmo as pesquisas realizadas pelo Mobilidade Niterói, trazem informação e dados para que novos ciclistas se sintam mais seguros em usar a bicicleta como meio de transporte, além de fornecer elementos para o poder público usar para a implementação de estruturas cicloviárias e até mesmo ser cobrado pelos ciclistas e potências ciclistas para que novas e melhores estruturas sejam construídas.

Vale sempre lembrar.
SÃO SÓ 5 KM
EXPERIMENTE IR DE BICICLETA







domingo, 16 de abril de 2017

Cadê as placas?

Por Sérgio Franco



Desde Dezembro de 2016 estas placas foram entregues à NitTrans com a promessa de serem instaladas, contudo estamos em Abril de 2017, e perguntamos, você viu algumas dessas placas?


Locais propostos para instalação das placas

O mapa acima mostra os locais para os quais as mesmas foram planejadas ou seja, para serem colocadas nas áreas onde já existem ciclovias e destinadas aos cruzamentos com mais conflitos, onde a preferência do ciclista não é respeitada.

O projeto em teve inicio em Maio de 2016 e era parte de um concurso promovido pela Faculdade de Empreendedorismo da UFF que tinha como objetivo o implemento real de ações na cidade.

Os alunos Mateus Marques e Yago Caetano escolheram a Mobilidade Educativa. 


Os alunos analisaram o índice de acidentes nas ciclorrotas/ciclovias do Centro de Niterói e Icaraí, obtendo dados mapeados e propuseram a implementação de placas educativas nestas regiões para que se alcance um melhor entendimento das leis de trânsito nas vias selecionadas



O projeto visava a melhorar a conscientização dos motoristas.

A idéia não só foi elaborada com o intuito de diminuir o índice de acidentes
envolvendo ciclistas, mas também de aumentar a educação no trânsito.

Apesar do projeto não ter alcançado todos os locais e tipos de placas que inicialmente fora planejado, conseguiram ganhar verba para a instalação de 8 placas, sendo 7 chamando a atenção para a preferência nos cruzamentos e 1 chamando a atenção dos motoristas para o inicio da ciclovia.

Todo projeto foi acompanhado desde o início pelo Mobilidade Niterói e com ciência da NitTrans que  sempre, até o presente momento, concordou com o proposto.

Apesar de terem conseguido verba, comprado as placas e os  materiais solicitados, e terem tido a promessa da NitTrans que a mesma instalaria as mesmas, até o momento, 16/04/2017, nenhuma das placas que já se encontram em poder da NitTrans foram instaladas.

A desculpa dada pela NitTrans é de que não possuem os fixadores adequados, pequenas peças que pelo jeito estão impedindo que a tão esperada sinalização seja implementada.

Por quanto tempo mais os ciclistas terão que esperar por uma simples, mas importante, sinalização?

Matéria sobre as mesmas já foi mencionada no Globo (Aqui)