sábado, 30 de abril de 2016

Resultado da Enquete de Abril: Ciclofaixa da Miguel Couto

Por Sérgio Franco




Os resultados da enquete de Agosto foram bem equilibrados quanto a percepção dos ciclistas sobre a ciclofaixa instalada no Rua Miguel Couto.



10% dos que não puderam opinar, disseram que passariam a usar a ciclofaixa. 
Mas quando separamos as opiniões dos que utilizam a ciclofaixa notamos uma pequena vantagem para as avaliações positivas (9% a mais sobre as negativas).


Alguns dos que responderam ao questionário deixaram suas opiniões sobre a ciclofaixa:

  • A estrutura não passa de uma simples pintura no chão, sem sinalização e seguegadores.
  • Não era necessária. Mas seja bem vinda. 
  • Ajudou muito nos deslocamentos diários 
  • Em muitos locais o asfalto está danificado, os automoveis não respeitam. Deveria existir sinalização com placas e com tachões no chão, se quiserem fazer uma ciclofaixa decente.
  • Falta segregação física pesada. Olho de gato não conta - tem que ser meio fio mesmo.
  • Asfalto em péssimo estado. A ciclofaixa não é conectada à outras ciclovias ou ciclofaixas. Carros bloqueiam a ciclofaixa nos cruzamentos.
  • Sem utilidade, afinal o jardim icarai tem  ruas super tranquilas para serem compartilhadas entre carros e carros. Está Ciclofaixas não tem ligação com a ciclovia da Roberto Silveira, nem um semáforo tem. O ciclista chega na Roberto Silveira e faz o que ? Vão pela calçada até o sinal ? Divide a rua com os ônibus ? Na minha opinião a instalação da Ciclofaixas foi um "cala boca" e justificar instalação do "Rotativo". E esta um lixo,  nem tampar os buracos taparam. Prefeitura porca.
  • A ciclovia é uma "mão na roda" para os usuários. Mas o fato é que não é respeitada por carros e caminhões. Não há uma fiscalização. Em dia de missa na porciúncula não há um espaço. É estacionamento de ponta a ponta. 
  • Precisa de algumas melhorias em relação ao asfalto, pois tem alguns buracos e desníveis.
  • Faltam placas indicativas para alertas os carros que a cruzam de que existe fluxo de bicicletas vindo no sentido oposto ao dos veículos.
  • Essa ciclofaixa passa na maior parte sobre a calha de águas pluviais e sobre asfalto esburacado, ela também é estreita. Além disso ninguém respeita porque não tem sinalização nem fiscalização. Deveria ter alarde quanto a isso. 
  • faltam segregadores, e sinalização. mas o mais importante é: cade aquela parte em vermelho da foto q integraria com a ciclofaixa da roberto? o q acontece na realidade é, a faixa acaba do nada, no mesmo local onde os carros viram a esquina a toda e não ha qualquer sinalização de respeito ou atençao para ambas as partes. Podia ser melhor e podia ser ótima! mas ainda não.
A ciclofaixa tem seus problemas e que devem ser solucionados pela Prefeitura de Niterói o quanto antes, mas é mais um passo que damos em direção ao uso da bicicleta como meio de transporte.

Na nossa opinião, o ponto crítico é o começo da ciclofaixa na Rua Miguel Couto quando esta se encontra com a Av. Roberto Silveira. 

A sinalização precária não alerta o motorista que segue para a Miguel Couto sobre a ciclovia. Da mesma forma a demarcação cruzando a Roberto Silveira se faz necessária e a mudança do sinal de lugar para mais próximo da Miguel Couto também traria mais segurança.

A Enquete de Maio já esta no AR só clicar AQUI!


Raio de 5 km
Seu destino esta dentro deste raio?
Seja inteligente e use a bicicleta!
5 km do Centro e do Shopping Itaipu Multicenter






quinta-feira, 28 de abril de 2016

15ª Contagem de Ciclos da Av. Amaral Peixoto

Por Sérgio Franco



114 ciclos/hora
No último dia 27 de Abril, o Mobilidade Niterói, realizou mais uma contagem de ciclos na ciclovia da Av. Amaral Peixoto.

Como já não é mais surpresa para nós e nem para todos os ciclistas, novamente, constatamos um aumento no número de ciclos. Isto com greve nas escolas estaduais e com a UFF (Universidade Federal Fluminense) ainda em férias.

Relatório completo AQUI
Foram 114 ciclos/hora contados, segunda maior contagem já realizada desde Janeiro de 2015.

Além do que já observamos acima, o dia também amanheceu instável, com previsão de chuva e na parte da manhã chegou a chuviscar. 

Contudo nada disto impediu que o número de ciclos, em especial as bicicletas, aumentassem.

Foi um aumento de 2,7% quando comparados os números de Abril de 2015 com Abril de 2016, mas mais do que isto, quando comparamos a médias de cada últimos 12 meses constatamos um aumento de 93,8 ciclos/hora para 101,73 ciclos/hora.

Aumento constante
A bicicleta parece já ser uma realidade em nossa cidade e necessita que a administração aumente a estrutura cicloviária existente para, não só oferecer melhor conforto e segurança para os atuais usuários, como também atrair novos usuários de transportes ativos, com destaque para a bicicleta como veículo mais utilizado.

Muitos ainda não adotaram a bicicleta por insegurança devido a falta de ligações seguras entre os Bairros, com destaque para as ligações entre as Zonas Norte, Sul e Centro de Niterói. Sendo que as grandes barreiras são a Av. Marquês de Paraná e ligação da Zona Norte com a Rua São Lourenço. Sendo que esta última também tem seus próprios problemas. 

Comemorações pelo crescimento à parte, temos que destacar os flagrantes que fizemos no dia das contagens: 

Uso irregular da ciclovia
Temos que admitir que neste dia havia uma forte presença da NitTrans nas imediações. Vimos viaturas e pelo menos 3 agentes.

Para melhorar a fluidez do trânsito para aqueles que precisam usar seus automóveis, temos que tornar as ruas mais seguras para as bicicletas. 


São só 5km
Tenta a bicicleta



sábado, 23 de abril de 2016

Morte de Ciclista em Itaipu

Por Sérgio Franco


Hoje, 23 de Abril de 2016, ocorreu a morte de mais um ciclista em Niterói.

A notícia foi dada pela página Itaipu Lovers:

"Atropelamento tira a vida de pescador tradicional agora no ponto final da Praia de Itaipu. Testemunhas disseram que ônibus da linha Amparo fez a curva em velocidade superior a permitida para aquele percurso, atingindo o pescador Bebeto com a roda da frente enquanto ele passava com sua bicicleta. Transeuntes ainda gritaram para o motorista parar, frear, avisando que ele havia sido atingido, mas em vão. O motorista continuou o trajeto o atingindo também com a roda de trás e o arrastando por cerca e 20 metros, não dando qualquer chance de sobrevivência ao pescador, que morreu na hora. Nesse momento estão aguardando a perícia, com a presença da Guarda Municipal orientando o transito e também a presença da Policia Militar."

Fotos: facebook/Itaipulovers

O local é ponto final de ônibus e a velocidade para o da via deveria ser menor que 10 km/h pois, principalmente nos fins de semana, tem um grande movimento de pedestres e ciclistas já que, além da praia, temos no local a colônia de pescadores, com mercado de peixes, bares e restaurantes.

Também no local encontramos o Museu Arqueológico e um clube ABANERJ, frequentado por ex funcionários extinto BANERJ.

Ou seja, todo cuidado deveria ser pouco para um local onde pessoas de todas as idades vão para aproveitar o fim de semana de sol, brincar, comer, andar de bicicleta. Infelizmente é comum que os ônibus façam o retorno com velocidade não condizente com o local.

O local deveria ter maior fiscalização e, sendo necessário, deveriam ser colocados no local redutores de velocidade.

As empresas que ali operam também deveriam orientar melhor seus motoristas já que a região possui um potencial de ocorrência de acidentes pelos motivos já expostos acima.

Infelizmente mais uma vida se perdeu.




Só 5 km
Escolha a Bicicleta

terça-feira, 19 de abril de 2016

Coluna "Por Aí" - MOBILIDADE URBANA EM SÃO GONÇALO

Por Charles Gomes





SG BIKE CLUB-CICLISMO

A busca pela mobilidade urbana em São Gonçalo é um desafio a ser enfrentado por todos que desejam ter uma cidade melhor, e o pedal noturno semanal do SG BIKE CLUB-CICLISMO busca contribuir com esse desejo, sendo que para essa mudança acontecer esbarra se em problemas como o privilégio aos transportes individuais e a outros interesses que não estão ligados a cidade.


Tem ocorrido nas grandes cidades um imenso debate sobre o conceito de mobilidade urbana afim de buscar uma nova definição a respeito do assunto. Anteriormente, a questão era tratada de forma fragmentada e considerava somente a circulação de veículos, hoje, isso mudou e o foco hoje são as pessoas, e vincula-se também diretamente à organização territorial e à sustentabilidade das cidades.

Hoje, o conceito de mobilidade urbana se apoia em quatro pilares: 

  • Integração do planejamento do transporte com o planejamento do uso do solo;
  • Melhoria do transporte público de passageiros;
  • Estímulo ao transporte não motorizado; 
  • Uso racional do automóvel.

Em São Gonçalo os congestionamentos, se tornaram crônicos e com isso percebe-se uma evasão de passageiros dos sistemas de transporte público, devido principalmente a problemas de infraestrutura e a qualidade dos serviços oferecidos a população, a baixa qualidade das vias urbanas também desestimula a a locomoção a pé e restringe o uso de bicicleta, com isso acaba incentivando o uso do automóvel particular para realizar percursos diários e dificultando, ainda mais, a locomoção na cidade.


Diante disso, o tema mobilidade urbana em São Gonçalo deveria ter uma grande relevância, pois afeta consideravelmente a qualidade de vida da população e a economia da cidade, merecendo atenção especial por parte dos gestores públicos. 

O SG BIKE CLUB-CICLISMO, além de lutar pela mobilidade urbana, torce para que a cidade se construa em torno da mobilidade urbana sustentável, envolvendo a combinação de desenvolvimento urbano, qualidade ambiental e justiça social.

SG BIKE CLUB-CICLISMO
APROVEITE A DISTÂNCIA E DEIXE O CARRO EM CASA!
5 km


sexta-feira, 8 de abril de 2016

Quem é o responsável?

Por Sérgio Franco





2 dias, 2 acidentes com ciclistas confirmados e 1 sendo apurado, 1 morte.

facebook/niteroidebicicleta
Na Charitas:

Juliany Cola Fernandes Rodrigues‎ para Niterói de bicicleta
1 h
"Hoje por volta de 6:30 da manhã houve o atropelamento de um ciclista em SF, próximo ao catamarã. Não era atleta, era um usuário de bike como meio de transporte, por sinal um senhor idoso. Passei numa volta e não havia nada, qd voltei para o mesmo ponto (nosso percurso de treino é uma volta de 4km) a confusão já estava armada e os bombeiros fazendo o primeiro resgate. Não faleceu por pouco, ficou bem machucado. Com certeza o cara que atropelou estava correndo muito, talvez até bêbado, pq ele ainda acertou forte dois carros que estavam estacionados. Fiquei bastante triste. O motorista inicialmente fugiu correndo, mas depois acabou voltando. Alguns ciclistas viram e pararam na hora pra ajudar no trânsito antes que os bombeiros chegassem. Enfim.... "

facebook/massacriticaniteroi





Já na Região Oceânica o ciclista conhecido como Adilson "Baiano" faleceu após ser atingido por uma motocicleta.

O ciclista tinha apenas 24 anos e estava pedalando na Av. Central.








Temos informação de mais acidente ocorrido ontem no túnel que liga São Francisco à Icaraí, por volta das 16 horas, contudo não temos confirmação do mesmo.

O que é fato é que temos tido um crescimento rápido do uso das bicicletas na cidade de Niterói, 33,85% se comparados dados de Janeiro de 2015 com Janeiro de 2016; 78,68% comparados Fevereiro de 2015 com Fevereiro de 2016, 5,55% entre Março de 2015 e Março de 2016.

Este crescimento é um ganho para TODOS! Quantos mais são os ciclistas, menos são os carros, melhor é o trânsito!

Mas parece que esta visão de uma Niterói ciclável não é compartilhada, primeiro, pela NitTrans, que é a responsável pela fiscalização e regulação das velocidades praticadas na cidade de Niterói. Cidade em que suas principais vias estão localizadas dentro da cidade e em regiões intensamente povoadas, como já mencionamos na matéria "Por que 30 km/h?" . Cabe observar que as velocidades regulamentadas nas áreas urbanas de chegam à 60 km/h. Outro ponto é que, em entrevista, o presidente da NitTrans já declarou ser contra os radares. 

Em segundo, a Secretaria de Urbanismo e Mobilidade parece também não compartilhar da ideia de que bicicletas são um meio de transporte adequado para a cidade onde, o que é preocupante, quando falamos exatamente de urbanismo e mobilidade. Veja o vídeo AQUI.

Ou seja, os dois "órgãos" mais importantes em questão de mobilidade urbana, parecem não entender que mobilidade é também estimular, o uso da bicicleta para que se diminua o número de usuários de automóveis, o que melhora a mobilidade urbana para todos!

Mas como se faz isso? Criando condições seguras, estruturas seguras e planejamento do trânsito visando melhorar a segurança para que mais pessoas usem a bicicleta como meio de transporte. 

Não fazer é ser omisso não só com a questão técnica de se melhorar a mobilidade na cidade é ser omisso com as vidas daqueles que ao longo dos últimos anos começaram a optar pelo uso da bicicleta.

1 morto e 2 feridos em dois dias!

A manchete não é boa. 

E toda vida importa e isto não deve desanimar aqueles que vinham pensando em usar a bicicleta como meio de transporte. 

Outro fato é que, quantos mais ciclistas somos, e estamos crescendo, menos acidentes acontecem:



Ainda hoje ato na "Praça do Ciclista" sobre o Mergulhinho na Av. Marquês de Paraná ás 19 horas promovido pelo Bicicletada Niterói.

"NESTA SEXTA, quem pedala pela cidade de Niterói, precisa chegar junto e lutar pelos seus DIREITOS!
Em menos de 24h foram 3 atropelamentos, um ciclista ferido gravemente em São Francisco e um ÓBITO na Ragião Oceânica.
HOJE, às 19h, no MERGULHINHO (Marques de Paraná x Amaral Peixoto)
Não importa o seu estilo ou o uso que você faça da bicicleta: sua presença é fundamental!!!"





Niterói é ciclável
São só 5 Km
Do Centro de Niterói

Na Região Oceânica

Aproveite a distância 
Deixe o carro em casa
Quem realmente precisa vai te agradecer!






quarta-feira, 6 de abril de 2016

Definida Data de Licitação do Bicicletário das Barcas.

Por Sérgio Franco


Bicicletário das barcas

Foi publicado hoje, 06 de Abril de 2016, no Diário Oficial, a convocação para a licitação que esta marcada para o dia 20 de Abril, às 15 horas. O modelo escolhido foi a tomada de preços.

Foi uma longa espera.

O bicicletário é uma demanda antiga que iniciou em 2014 e resultado de uma campanha intensa dos ciclistas que, através do Massa Crítica Niterói, se organizaram e fizeram um abaixo assinado que colheu 3600 assinaturas, onde foi pedido um bicicletário PÚBLICO, SEGURO E GRATUITO. 

O pedido pelo bicicletário foi reforçado em audiência pública realizada na Câmara dos Vereadores e ainda em reunião realizada no gabinete do prefeito e com a presença do mesmo, onde em ambas foram feitos promessas de que seria construído o bicicletário, primeiro prometido para final de 2014 e depois para final de 2015.

O que era necessário se tornou urgente devido ao crescimento do número de usuários de bicicleta como meio de transporte que em Fevereiro registrou um aumento de 78,68% quando comparado com Fevereiro de 2015 (Matéria AQUI).

O antigo bicicletário.

Bicicletário Atual

O antigo bicicletário já não atende a demanda e muito menos traz segurança, são apenas 72 vagas. Na verdade o que chamamos de bicicletário hoje são paraciclos colocados juntos em um pequeno espaço em frente a antiga estação dos catamarãs.

Não são raras as vezes em que os usuários não encontram vagas disponíveis sendo também comuns os furtos de bicicleta no local.

Pesquisa.

O Mobilidade Niterói em parceria com o Niterói de Bicicleta realizou uma pesquisa junto aos usuários do atual bicicletário e foram obtidos números impressionantes quanto ao perfil dos mesmos:

Destino

Foi constatado que 75% dos usuários do atual bicicletário tem como destino o Rio de Janeiro. Os motivos por esta opção de deixar a bicicleta em Niterói variam muito e vão desde falta de um local melhor no Centro do Rio, a proximidade do local de destino à estação das barcas na Praça XV e até a praticidade de não ter que fazer o embarque da bicicleta nas barcas.



Frequência de uso
A frequência com a qual as bicicletas são deixadas no bicicletário também é grande e caracterizam um uso totalmente voltado para a mobilidade urbana.

80% dos usuários fazem uso do bicicletário de 3 à 5 dias por semana, isto indica um uso basicamente nos dias de semana, ou seja, mobilidade.

Ao contrário do que sugeriria o uso recreativo que são só de 7%, ou seja, 1 à 2 dias por semana.

O tempo de permanência foi outro fator que indicou o principal uso da bicicleta pelos usuários do atual bicicletário, ou seja, transporte, onde 23% deixam suas bicicletas estacionadas entre 7 e 8 horas e 54% deixam mais de 8 horas.

Outro destaque esta para o grau de instrução dos ciclistas que fazem uso do bicicletário das barcas 

Grau de instrução
49% possuem superior completo, 12% são pós graduados, 15% estão cursando o nível superior. O que pode surpreender muitos.

Da mesma forma a renda também pode surpreender o senso comum onde 29% alegaram, na data da pesquisa, ganharem mais de R$ 5.516,01. Esta é uma dica para o comercio das oportunidades que estão perdendo.

O projeto.

Bicicletário Novo

O projeto desenvolvido pela equipe do Niterói de Bicicleta (Isabela Ledo, coordenadora e Filipe Simões, estagiário) é simples, funcional e de fácil ampliação para poder atender rapidamente o aumento da demanda quando for necessário. 

O que demonstra a visão de mobilidade pelos integrantes do Niterói de Bicicleta, ao contrário da visão dos responsáveis da Secretária de Urbanismo e Mobilidade para quem, nas palavras da secretária, a bicicleta é bom para saúde e lazer (Vídeo da secretária de Urbanismo e Mobilidade respondendo sobre bicicleta AQUI).

O projeto prevê 424 vagas – 136 horizontais e 288 verticais -, e estará à disposição dos ciclistas 24 horas por dia. E é icônico pois ocupará uma área que hoje é um estacionamento de carros e poderá ser constatada a proporção de espaço ocupado pelos dois meios de transporte.

No mesmo espaço

O bicicletário terá recepção, bebedouro, área de descanso, área para manutenção básica e bombas de ar, ocupando uma área de total de 478 metros quadrados aproximadamente. A previsão é que a obra esteja concluída no segundo semestre.

Projeto do novo bicicletário

Funcionamento.

Ainda estão sendo decididos como será o funcionamento do mesmo, se totalmente gratuito ou se será cobrado algum valor simbólico. Se a promessa for cumprida esta é uma decisão que deverá ser tomada rapidamente pois o bicicletário estará pronto já no segundo semestre.

De qualquer forma é uma vitória dos ciclistas. O projeto em si é excelente e com uma alta capacidade de ampliação. A perspectiva é que seu uso seja intenso e que a demanda aumente rapidamente, já que Niterói é uma cidade altamente ciclável devido as proximidades de suas distâncias, inclusive com o centro do Rio. 

A maior barreira encontrada hoje para uma maior adesão a este meio de transporte é a falta de infraestrutura cicloviária na Zona Norte e uma ligação segura pela Av. Marquês de Paraná com a ciclovia da Av. Roberto Silveira e com a ciclofaixa da Rua São Lourenço, mesmo que esta última ainda seja muito precária.

Mas certeza este bicicletário ajudará no crescimento do uso das bicicletas na cidade e isto trará novas demandas por um sistema cicloviário mais seguro e de melhor qualidade e mais pessoas deixarão seus carros em casa melhorando com isto o fluides do trânsito para aqueles que tem que usar o automóvel.



São só 5 km!
.
Aproveite a distância e deixe o carro em casa!

















sábado, 2 de abril de 2016

30 km/h

Por Sérgio Franco


Vantagens dos 30 km/h


Por que 30 km/h? 

Podemos começar pela distância de frenagem, que é a mínima distância que um veículo percorre para conseguir parar completamente antes de atingir um obstáculo. 

E aí temos uma primeira vantagem da velocidade reduzida, a distância que o veículo percorre até atingir, digamos, um pedestre ou um ciclista.

Distância de Frenagem

Claro que diversas condições trazem variações para a distância que o veículo percorre até parar totalmente, contudo a realidade é uma, quanto menor a velocidade menor será a distância percorrida pelo veículo até parar; e nisto todos concordam.

Mas as fatalidades também estão diretamente relacionadas as velocidades das vias:

“A Organização Mundial da Saúde chegou à fórmula que relaciona risco de acidentes e de mortes ao aumento da velocidade por meio de cálculos baseados em relatórios de ocorrências de trânsito enviados por todo o mundo e compilados em 2004. Pela equação, quando se ultrapassa em 1% o limite de velocidade em uma via, os riscos médios sobem 3% e o perigo de morte cresce até 5%“. Fonte: Estado de Minas

E a grande vítima é o pedestre e/ou ciclista, que convenhamos, são maioria nas áreas urbanas da cidade e todos são pedestres em algum momento, além disto Niterói é um caso típico onde estas velocidades são regulamentadas acima do ideal.

Probabilidade de sobrevivência em atropelamentos.

Nas "zonas 30" o risco de morte por atropelamento é de 5%, contudo o risco sobe absurdamente para 45% de risco de morte em velocidade de 48 km/h.

Na Av. Marquês de Paraná a velocidade regulamentada é de 60 km/h dentro de uma área urbana e densamente povoada.

Mas, seria possível diminuir a velocidade para 30 km/h na Av. Marquês de Paraná?

Nos parece que sim. Por que? Porque simplesmente a velocidade média real no trecho de exemplo ao longo do dia esta abaixo dos 30 km/h.

Fonte: Google Maps

Fonte Google Maps

Sim, registramos velocidades maiores, principalmente quando existe um tráfego menos intenso, mas lembre-se, estamos falando na velocidade média do trecho e não em instantes de velocidade. Os ciclistas sabem muito bem esta diferença, pois não raras vezes se encontram com aquele carro que ultrapassou eles logo ali mais na frente parado em algum sinal ou "gargalo" no trânsito.

As velocidades reduzidas, além de salvar vidas, podem ainda trazer um bônus aos motoristas.

O efeito "funil", quando vários carros vão "rapidamente" para um mesmo trecho que se estreita, ou vão entrar em ruas transversais. E vemos muito disto na Av. Marquês de Paraná.

A velocidade reduzida diminui o efeito "funil" pois o volume de tráfego que chega nestes "gargalos" acaba sendo adequado para que o este efeito não ocorra, como podemos ver no vídeo onde Doug MacDonald, ex secretário  do Departamento de Transporte do Estado Washington.


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Como podemos ver, sim, as velocidades reduzidas melhoram a segurança das pessoas e sim, podem inclusive melhorar o fluxo de veículos.

Deve ser 30 km/h? Talvez não, talvez sim, isto depende de um estudo mais aprofundado, mas que na Av. Marquês de Paraná isto é possível, é.


Mora dentro do raio de 5 km?
Tire proveito da distância!

Deixe o carro em casa e
Vá de BICICLETA!