quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Bate Papo com alunos do CEAL.

Por Sérgio Franco


No dia 22 de Setembro, ou seja, no Dia Mundial Sem Carro, o Mobilidade Niterói, juntamente com Isabela Ledo (Coordenadora do Programa Niterói de Bicicleta) e Zeca Franco (Arquiteto do LZD), foram convidados pelo Museu do Ingá para bate papo com os alunos do Colégio Estadual Aurelino Leal (CEAL).

O dia começou com a exibição de vídeos sobre a dificuldade de locomoção dos portadores de necessidades especiais, onde foram abordadas as qualidades das ruas e calçadas bem como sinalizações adequadas e também foi abordado o transporte público para estes. (Infelizmente não temos o vídeo para disponibilizar)

Amostra de vídeo sobre mobilidade e portadores de
necessidades especiais

Logo após foi exibido um vídeo gravado por Flávia Oliveira especialmente feito para o encontro. No vídeo Flávia fala sobre a bicicleta e a diferença cultural existente entre Estados Unidos, Europa e Brasil.

Acesse o vídeo AQUI

Após a exibição dos vídeos Isabela Ledo fez uma pequena introdução sobre o programa Niterói de Bicicleta para os alunos e logo após convidou o Mobilidade Niterói para falar sobre mobilidade por bicicleta e suas vantagens para o indivíduo e para a cidade. Foi abordado as distâncias a serem percorridas, o crescimento do uso da bicicleta na cidade, a melhoria que a bicicleta traz para o meio ambiente e até para o trânsito da cidade.

Foi questionado aos alunos do CEAL quem usava bicicleta, surpreendentemente foram poucos que disserem que usavam entre os mais de 100 alunos presentes. E o principal motivo alegado foi o medo do trânsito.

Apresentação do Mobilidade Niterói
Logo após foi a vez do arquiteto Zeca Franco apresentar a bicicleta de alumínio criada por ele. A bicicleta foi feita com tecnologia de corte em chapas de alumínio naval, pesa 15 kg e pode ser totalmente montada e desmontada, os detalhes do projeto podem ser vistos AQUI.

Zeca Franco 
No final do bate papo foram distribuídos alguns CTBs e a Cartilha do Ciclista. Foi um dia bem aproveitado onde, além do recorde de ciclos (detalhes Aqui), talvez tenhamos atraídos novos adeptos a bicicleta entre os alunos do CEAL.

Acesse: bit.ly/cicloturismourbano

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SÃO SÓ 5 KM
DEIXE O CARRO EM CASA
VAI DE BICICLETA











sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Contagem de Setembro - No Dia Mundial Sem Carro - Novo RECORDE!

Por Sérgio Franco


Que coincidência incrível foi esta, bater um novo recorde justamente no 22 de Setembro, o Dia Mundial Sem Carro!

Foram contados nada menos do que 127,5 ciclos por hora! E mais, é um crescimento contínuo que não para desde que as contagens desta via começaram de forma sistemática, em Janeiro de 2015, para medirmos o crescimento do uso dos meios ativos de transporte (com destaque para a bicicleta).

Relatório AQUI
Lá naquele Janeiro foram contados 63,5 ciclos por hora, ou seja, tivemos um aumento de mais de 100%.

Estudantes
Mais impressionante nisto tudo é que neste período não houve nenhuma mudança na malha cicloviária ou mesmo na estrutura cicloviária da cidade. Todas as tentativas para que a mesma fosse aumentada teve resistência da NitTrans e até mesmo da Secretaria de Urbanismo e Mobilidade (mobilidade com aspas).

Importante salientar que nem mesmo a redução de velocidade nas vias é aprovada pela NitTrans, que também simplesmente desconsidera a faixa exclusiva de ônibus na Alameda São Boaventura, mas este já é outro assunto.

Voltando; mesmo assim a população esta aderindo as bicicletas.

Paletó não é problema
O mais legal disto é que o que estamos notando nas ruas é que o ciclista não pode ser mais identificado pela roupa, idade, estilo. O que vemos é a bicicleta sendo incorporada a uma nova cultura na cidade, o que vemos é a bicicleta sendo adotada como um meio de transporte, o que de fato ela é.

Pode ser para pegar no pesado.
Esta mudança está lenta? Se pensarmos em termos do que poderia ser, sim, esta muito lenta, mas se pensarmos neste crescimento que temos tendo mês a mês ao longo deste período mesmo com toda a ausência da prefeitura, não mesmo, esta mudança esta é acelerada.

Com gravata, por que não?
Mas como explicamos isto? Bem, podemos começar com as iniciativas que existem em Niterói e que estimulam o surgimento dos novos ciclistas. Uma delas é o grupo Ciclistas de Niterói, voltado mais para o cicloturismo, e que organiza os "pedais" toda a semana na cidade e para fora dela. É um estimulo para quem quer ir mais longe, e a bicicleta que começa como passeio acaba sendo adotada como transporte.

E com muita elegância!
Outra grande iniciativa, que também estimula e muito a adoção da bicicleta como meio de transporte na cidade é o Pedal Sonoro. Através de sua atividade quinzenal, onde são realizados passeios de bicicleta pela cidade e com pedaladas movidas a muita música boa, acaba estimulando os "velhos ciclistas" a retornarem a usar a bicicleta do dia a dia.

Com uma bike old school original!

O Pedal Sonoro também tem uma forte presença do ativismo e foram eles que estiveram na frente da campanha #bicicletanaseleições aqui em Niterói, com o apoio de diversas iniciativas, entre elas, nós do Mobilidade Niterói.

Skate também vale.
Outra iniciativa que tem multiplicado os ciclistas na cidade é o Bike Anjo, que aqui em Niterói podemos acompanhar as atividades através do Bike Anjo Niterói, que entre outras coisas ensina crianças e adultos, a andarem de bicicleta. Eles tem uma programação mensal que é realizada no pátio externo do Teatro Popular Oscar Niemeyer.

E na carona do pai.

E claro, a bicicleta é muito, muito prática. Com a bicicleta não temos problemas para estacionar, nos deslocamos rapidamente, não ficamos presos dentro de uma lata e não ficamos parados no triste engarrafamento da cidade. Além disso Niterói é pequena, as distâncias são curtas e temos poucas ladeiras que na sua grande maioria são fáceis de serem vencidas.

Praticamente toda a cidade esta dentro de um raio de 5 Km e esta distância você percorre em 30 minutos, indo devagar e curtindo. Se perguntarem o que falta para Niterói se tornar a cidade mais ciclável do Brasil, para que muitos mais passem a usar a bicicleta como meio de transporte, vamos responder que o que falta é ação da prefeitura para que isto aconteça. Não adianta ter um programa como o Niterói de Bicicleta, composto de 1 profissional e 2 estagiários (todos ciclistas), que por mais esforçados e competentes que sejam, não tem estrutura, não tem verba, não tem equipamentos e principalmente não tem poder de decisão.

Mas a população esta aí, mostrando que estão aderindo e querendo usar a bicicleta, tornando a cidade de Niterói uma Niterói Para Pessoas.

VOCÊ AÍ! O QUE ESTA ESPERANDO
PARA EXPERIMENTAR IR DE BICICLETA?

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SÃO SÓ 5 KM
USANDO BICICLETA VOCÊ CHEGA MAIS RÁPIDO
E MELHORA O TRÂNSITO PARA QUEM TEM QUE USAR O CARRO!


quinta-feira, 15 de setembro de 2016

A ESCOLHA PELA BICICLETA - Relatório da ANTP mostra o crescimento!

Por Sérgio Franco


Opção pela bicicleta

Estudo feito pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), traz uma incrível notícia para todos nós, a participação da bicicleta em comparação com os outros modais cresceu 70,83%, enquanto a do automóvel só cresceu 0,37%.

Da mesma forma que a participação da bicicleta cresceu no comparativo entre os modais o número de deslocamentos (viagens) também teve um aumento significativo de 116,6%, a do automóvel subiu só 30,07%.

A distância que se percorre de bicicleta também aumentou, teve um crescimento de 100%, no mesmo período a distância percorrida pelo automóvel só teve 27,35% de aumento.

Aqui em Niterói é perceptível a mudança de hábito da população. Na última contagem realizada pelo Mobilidade Niterói, só na ciclovia da Av. Amaral Peixoto, tivemos um crescimento de 24,64% em relação à 2015 (Relatório Aqui), na Av. Marquês de Paraná foram contabilizados 280,5 ciclos por hora (Relatório Aqui)

O que o relatório não demonstra, mas que em Niterói é fácil de se notar, é a diversidade no perfil dos usuários. A bicicleta não se resume só ao trabalhador de baixa renda, estudantes ou entregadores. Pessoas de diversos níveis sócio econômicos e de diversas idades e profissões estão adotando a bicicleta na cidade. Por que? Porque praticamente toda região oceânica e toda a região a partir do Centro da cidade estão dentro de um raio de 5 km. Distância muito curta e tranquilamente percorrida de bicicleta, além do mais, a bicicleta é muito prática.

Infelizmente o número de ciclistas só não esta crescendo mais rapidamente (mas não para de crescer) porque faltam infraestruturas importantes na cidade, como bicicletários seguros e ciclovias que façam as conexões que a população usa nos seus deslocamentos diários.

O compromisso pela mobilidade foi assinado na cidade por todos o candidatos ao cargo de prefeito e vamos cobrar, e muito, para que aquele que for escolhido pela população cumpra cada item da carta (Aqui).




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22 de Setembro
DIA MUNDIAL SEM CARRO
São só 5 km
Aproveite e vá de bicicleta


terça-feira, 13 de setembro de 2016

I Encontro Para o Desenvolvimento do Cicloturismo

Por Sérgio Franco




A importância do cicloturismo urbano

A bicicleta é hoje considerada um meio de transporte inteligente, prático, inclusivo, humano e benéfico para toda a cidade. Diversas são as formas que as pessoas começam a adotar a bicicleta no seu dia-a-dia e uma delas é por meio do lazer e do cicloturismo. Uma pessoa que hoje pedala para conhecer a cidade, seja esta onde ela mora ou que esteja em viagem, amanhã estará adotando a bicicleta também para ir ao trabalho, ir para escola, fazer compras, etc.


Quantos não são os ciclistas que hoje usam a bicicleta como meio de transporte que não começaram nos passeios de fim de semana, em eventos ou grupos de bicicleta que se multiplicam pelas cidades?

O Encontro

O I Encontro para o Desenvolvimento do Cicloturismo terá como tema o Cicloturismo Urbano e ocorrerá nos dias 26 e 27 de Outubro e as inscrições já estão abertas, são gratuitas e podem ser feitas AQUI.

O evento tem como objetivo discutir o cicloturismo urbano e serão apresentadas experiências nacionais e internacionais sobre o tema. Serão reunidos atores do setor privado e público, acadêmicos e organizações não governamentais. Espera-se que deste encontro surjam novos projetos e oportunidades que visem o desenvolvimento do turismo e do ciclismo em âmbito nacional.

Os temas que serão discutidos são:

Como as cidades são vistas dentro do planejamento dos roteiros de cicloturismo, convidados:

  • Marcio Deslandes [European Cyclists’ Federation/ECF]
  • André Geraldo Soares [União de Ciclistas do Brasil/UCB]
Cicloturismo como fomentador de novos negócios, convidados:
  • Therbio Felipe [Revista Bicicleta]
  • Gustavo Ribeiro [Kuritibike – Curitiba]
  • Lenauro Mendonça [Terra Brasilis – Niterói]
  • Cristóbal Pena [Bella Bike – Santiago do Chile]
Estratégias para o desenvolvimento do cicloturismo, convidados:
  • Isabela Ledo [Programa Niterói de Bicicleta – Prefeitura de Niterói]
  • Marcelo Iha [SP de Bike – São Paulo Turismo]
  • Mauro Tavares [Rio Estado da Bicicleta – Secretaria de Estado de Transportes/SETRAN]
Apresentação dos Roteiros Cicloturísticos de Niterói, palestrante:
  • Fátima Priscila Edra [Faculdade de Turismo e Hotelaria da UFF]
Ainda serão apresentados vídeos sobre o tema cicloturismo.

Detalhes AQUI

Amostra Acadêmica

O I Encontro para o Desenvolvimento do Cicloturismo terá ainda uma amostra acadêmica, que terá como tópico central o “Cicloturismo na mobilidade urbana” e os trabalhos poderão abordar

– Infraestrutura de destinos turísticos urbanos

– Análise sobre as dimensões da sustentabilidade turística:

– Dimensão econômica

– Dimensão sociocultural

– Dimensão ambiental

– Dimensão político-institucional

Tem que se deixar claro que, qualquer pessoa, mesmo não vinculada à uma universidade, poderá apresentar seu trabalho desde que o autor siga o formato determinado nas instruções e aborde os temas definidos.

A submissão dos trabalhos para a amostra acadêmica vão até o dia 22 de Setembro, detalhes AQUI

Participação dos coletivos de Niterói

A participação dos coletivos que têm como objetivo a promoção da bicicleta na cidade Niterói estão garantidas, para tal, cada coletivo pode enviar o nome de 5 integrantes para mobilidadeniteroi@gmail.com



O I Encontro Para o Desenvolvimento do Cicloturismo é uma realização da Faculdade de Turismo e Hotelaria da Universidade Federal Fluminense, COPPE UFRJ e PLANETT, Mobilidade Niterói e Prefeitura de Niterói.




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SÓ 5 KM
EXPERIMENTE IR DE BICICLETA
É RÁPIDA E PRATICA!



domingo, 11 de setembro de 2016

Carta Compromisso Assinada!

Por Sérgio Franco



Rodrigo Neves (PV), Dani Bornia (PSTU), Flavio Serafini (PSOL), Felipe Peixoto (PSB)

Hoje foi assinada, pelos 4 candidatos à prefeitura de Niterói, a carta compromisso pela mobilidade ativa. Os candidatos, se comprometeram que, se eleitos, darão prioridade ao transporte ativo e coletivo.

A carta faz parte de uma ação da União de Ciclistas do Brasil (UCB) intitulada #bicicletanasleições que visa promover a bicicleta e outros meios ativos de transporte, que em Niterói foi representada pelo Pedal Sonoro com apoio de diversas organizações tendo entre elas o Mobilidade Niterói e o Bike Anjo Niterói

O encontro teve seu inicio no já consagrado cicloponto de Icaraí, localizado próximo à reitoria da UFF, de onde quinzenalmente, o Pedal Sonoro parte com para uma bicicletada pela cidade ao som de boa musica. Os 4 candidatos encontraram os ciclistas neste local e de lá partiram todos pedalando juntos até a estação das barcas no Centro.


Bicicletada


Ao final da  bicicletada, já na estação das barcas, foi feita a leitura da carta compromisso (texto abaixo) e a mesma foi assinada por todos os 4 candidatos. Ainda foi dada a oportunidade de todos os candidatos fazerem um breve pronunciamento. (atualização: não houve o pronunciamento do candidato Rodrigo Neves)


Leitura da Carta Compromisso


Em um ano Niterói teve um aumento de 24% no número de ciclistas nas ruas utilizando as bicicletas como meio de transporte. Contagens e pesquisas realizadas pelo Mobilidade Niterói tem comprovado o quanto a população vem mudando a percepção sobre as bicicletas e sua aceitação vem crescendo mesmo entre os não ciclistas. O motivo é simples, Niterói tem curtas distâncias a serem percorridas e um relevo muito favorável. Muitos que hoje usam a bicicleta para se deslocar em pela cidade antes (17%) usavam o carro. Toda grande Niterói esta dentro de um raio de 5 km à partir das barcas e esta é uma distância muito confortável para se percorrer de bicicleta. A implantação de estruturas cicloviárias que tragam segurança para os ciclistas só tende a trazer mais ciclistas para as ruas, e consequentemente diminuirão o número de carros que percorrem estas curtas distâncias, ou seja, estaremos melhorando o trânsito também para aqueles que terão que continuar seus carros, afinal quantos vocês não conhecem que não usam os carros para ir de Icaraí, São Francisco, Barreto, Fonseca, até o Centro? Mais bicicletas, menos carros, melhor fluidez no trânsito para todos, isto é mobilidade com qualidade.

Cabe agora, a todos nós, conhecer os candidatos, entender suas propostas e principalmente olhar o que estes já fizeram em prol de uma mobilidade urbana e ativa.

O futuro gestor da cidade assumiu perante à todos este compromisso e este compromisso será lembrado e intensamente cobrado.


CARTA COMPROMISSO PELA MOBILIDADE ATIVA | EXECUTIVO 
"O prefeito ou prefeita que assumir a Prefeitura de Niterói em 2017 estará no comando de uma cidade com graves problemas de mobilidade urbana, que causam prejuízos diversos (na economia, saúde, no meio ambiente etc) e comprometem a qualidade de vida da população.
A utilização da bicicleta como meio de transporte é uma realidade em importantes cidades ao redor do mundo: Nova Iorque, Paris e Bogotá são apenas alguns exemplos. Técnicos, gestores e urbanistas recomendam a inclusão definitiva deste modal nas políticas urbanas.
Desde 2012, está em vigor a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) que determina a “prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado”, indicando aos gestores públicos uma linha de ação. Em nossa cidade, as políticas de transporte e urbanismo não atendem às demandas de ciclistas e pedestres, bem como dos passageiros de coletivos, expondo-os a riscos e constrangimentos cotidianos.
Niterói é uma cidade plana e com curtas distâncias que podem ser facilmente percorridas de bicicleta, por qualquer perfil de usuário, ou mesmo a pé. Pesquisas constataram um aumento de 24% nas viagens de ciclistas em relação a 2015 e 94% dos entrevistados não ciclistas utilizariam a bicicleta como meio de transporte.
Esse cenário é extremamente favorável para o incremento da mobilidade ativaque, dentre muitos benefícios, contribui para a melhoria do trânsito, da segurança pública, saúde e do comércio local, impactando positivamente na qualidade de vida das pessoas.
Quem quer que seja eleito(a) para comandar nossa cidade deve aproveitar essaoportunidade histórica e inverter a lógica atual, baseada no transporte individual motorizado, para uma que aponte para o futuro, aprimorando o transporte público e criando as condições favoráveis para a adoção dos modos ativos.
Temos certeza de que, se este compromisso for assumido e colocado em práticapela próxima gestão, todos sairemos ganhando: pedestres, pessoas com mobilidade reduzida, crianças, idosos, ciclistas, usuários do transporte público, comerciantes locais e motoristas.

Apresentamos, abaixo, um conjunto de propostas que deverão nortear as políticas do(a) futuro(a) prefeito(a), a fim de transformar o modelo de mobilidade urbana em Niterói:
1) Cumprir as determinações do PNMU (Lei 12.587/2012), Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/1997) e Estatuto da Bicicleta (Lei Municipal 2832/2011), concedendo prioridade ao transporte coletivo, à mobilidade ativa e integração intermodal;
2) Ajustar, concluir e executar, de maneira gradual, o Plano Cicloviário de Niterói elaborado pela empresa TC Urbes, assegurando a participação dos usuários e a transparência do processo. Definir um cronograma para sua implantação e para o cumprimento dos prazos estabelecidos;
3) Destinar orçamento específico e progressivo para a ciclomobilidade;
4) Criar o “Conselho Municipal de Transportes e Mobilidade” para estabelecer mecanismos efetivos de diálogo sobre programas, projetos e ações de interesse dos ciclistas e pedestres, garantindo a participação da sociedade civil, assim como de organizações e coletivos, ainda que não formalizados;
5) Construir novas infraestruturas e aprimorar as existentes, essenciais para o deslocamento de pedestres e ciclistas (malha cicloviária, sinalização, faixas de pedestre, calçadas etc). Valer-se das intervenções urbanas e viárias, periódicas ou não, para a inclusão dessas estruturas, de forma a aumentar a segurança das pessoas;
6) Realizar, periodicamente, em todas as regiões da cidade, campanhas de educação / conscientização para o trânsito, direcionadas a motoristas (profissionais ou não), ciclistas e pedestres, informando objetivamente seus direitos e deveres. Elaborar campanhas voltadas para a sociedade, esclarecendo os ganhos sociais proporcionados pela mobilidade ativa;
7) Adotar as medidas necessárias para “acalmar” o trânsito, como a redução de velocidade máxima das vias de acordo com a OMS, implantação de “zonas 30”, instalação de rotatórias, de faixas de pedestre elevadas, de sinalização etc. Na engenharia e operação do trânsito, dar prioridade absoluta à preservação da vida;
8) Implantar, com urgência, a conexão cicloviária Zona Sul – Centro – Zona Norte (Avenidas Marquês de Paraná – Jansen de Melo), por meio de estrutura segregada do trânsito de veículos motorizados;
9) Criar as condições para que se realize fiscalização eficiente, utilizando-se das tecnologias disponíveis. Ampliar a participação da Guarda Municipal na fiscalização do trânsito;
10) Adotar a promoção da mobilidade ativa como um projeto de governo, transversal, que envolva a estrutura municipal como um todo (secretarias, empresas públicas, fundações etc), a fim de garantir os recursos financeiros, técnicos e políticos para sua efetivação.
Pedal Sonoro, Associação dos Docentes da UFF (ADUFF), Bike Anjo Niterói, Conselho Comunitário da Orla da Baía de Niterói (CCOB), Ecoando – Ecologia e Caminhadas, Instituto de Arquitetos do Brasil / NLM, Mobilidade Niterói, Niterói Para Pessoas, Observatório da Região Oceânica e Ponto Org
 Eu, ______________________________________________, candidato(a) ao cargo de prefeito(a) de Niterói pelo partido _______, afirmo que, caso seja eleito(a), cumprirei os itens acima, a fim de garantir e promover a mobilidade ativa em Niterói."


5 KM
QUE TAL TENTAR IR DE BICICLETA
?

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Av. Marquês de Paraná - 280,5 VIDAS/hora

Por Sérgio Franco



O Mobilidade Niterói e o programa Niterói de Bicicleta realizaram no dia 27 de Julho de 2016 contagem na Av. Marquês de Paraná na ligação Zona Sul Centro.

Relatório AQUI.

Foram contabilizados 280,5 ciclos por hora! Um aumento de 70% quando comparamos com a primeira contagem realizada em Janeiro de 2015. Em Agosto de 2015 também foi realizada uma contagem e nesta tinham sido contabilizados 249 ciclos por hora.



Outra boa surpresa foi no aumento do número de mulheres, que na primeira contagem tinham a presença no trecho de 12% em relação aos homens e agora chegaram aos 15%.

15%
Mas os pais se fizeram presentes, infelizmente não contabilizamos mas as fotos não negam a presença maciça destes. Eram crianças sendo levados para colégios e creches. 


Infelizmente, mesmo com todo este crescimento, os ciclistas ainda dividem a Av. Marquês de Paraná com carros, caminhões, ônibus que podem trefegar em uma velocidade de até 60 km/h. Esta é a velocidade máxima regulamentada para o trecho, esta é a velocidade com que convivem as 280,5 VIDAS/hora que ali transitam.

Exprimidos

Houve sim, um momento de esperança, quando em Setembro de 2015 implementaram a ciclofaixa com cones (matéria AQUI), Infelizmente o que vimos de lá para cá foi a perda do espaço e a volta da insegurança, isto ainda em Setembro (matéria AQUI).  Tudo devido a alegação da NitTrans de que a ciclofaixa estava prejudicando o fluxo de veículos. O que contestamos (artigo AQUI).

O Mobilidade Niterói administra uma página (acesse AQUI) que recebe registros feitos pelos ciclistas dos acidentes sofridos pelos mesmos, e como podemos ver no mapa (AQUI), grande parte dos acidentes e incidentes ocorrem justamente neste via.

Sem espaço
O fato é que se hoje temos 280,5 ciclos por hora transitando por esta via, poderíamos ter muito mais se fossem oferecidas condições realmente seguras e adequadas para o trânsito de ciclos. Os ciclistas, alem da velocidade acima citada, enfrentam o enorme fluxo de veículos e, quando usam a calçada, por medo ou por imposição da NitTrans, tem que conviver com calçadas estreitas, irregulares e com grande quantidade de pedestres, ou seja, são prejudicados pedestres e ciclistas em prol de uma suposta melhoria no fluxo de veículos.

Melhorar o trânsito é estimular o uso do transporte coletivo e ativos para que se tenha menos carros nas ruas e com isto melhorando até a "fluidez" no trânsito para estes.


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5 KM
QUE TAL TENTAR IR DE BICICLETA?

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

RESULTADO - Enquete de Agosto - Antes da Bicicleta



A grande surpresa, ou não, da enquete é que nada menos do que 17% dos ciclistas que responderam, antes de usarem a bicicleta como meio de transporte usavam carros.

Ou seja, estes ciclistas hoje ajudam a melhorar a fluidez do trânsito.



Como sempre deixamos um espaço para os comentários:


O que te fez mudar de meio de transporte? A mudança foi difícil? O que te incentivou? O que você acha que ajudaria a incentivar outras pessoas a passarem a usar bicicleta?
  •  sempre andei de bicicleta
  •  Ônibus para ser ruim tem que melhorar muito.
  •  Eu perdia muito tempo no trânsito.
  • O que me incentivou foram dois fatores, primeiro a qualidade da minha saúde e segundo a construção de uma ciclovia no trajeto da minha casa até a estação das barcas. Um fator que incentivaria muito outras pessoas é a segurança para estacionar a bike. Em maio deste ano minha caloi 500 foi roubada na avenida Amaral Peixoto. Deixei a bike presa com duas correntes em uma das semi argolas localizadas na calçada, em frente ao banco Bradesco, no quarteirão próximo as barcas.
  •  Eu comprei a bike em janeiro deste ano, e passei a utilizá-la como o meu principal meio de transporte. Sou Fisioterapeuta, e vou atender meus pacientes em domicílio com ela. Foi a melhor escolha! Economizo tempo, dinheiro e ganho saúde! Sem contar que é um prazer pedalar! Amo!Patricia.
  •  Mudei por querer incluir um exercício nos meus dias e por ser mais rápido que andar de ônibus. A mudança foi fácil, pois sempre gostei de esportes, e foi justamente isso que me incentivou.
  •  Falta de estacionamento / Não foi dofícil, é só uma questão de ousar. / me incentivou o programa de mobilidade, embora precário. / uma politica pública mais efetiva e campanhas de educação para motoristas, motociclistas e os próprios ciclistas, que não trafegam convenientemente.
  •  DINHEIRO
  •  campanha de motivação.
  •  gosto de pedalar.ciclovias seguras.abaixo as ciclo faixas.sempre viram estacionamento porque a fiscalização nao da conta.
  •  Sempre gostei de bicicleta. Trabalho na Glória e moro no Bairro de Fátima em Niterói. Pegava a barca e ônibus. Havia tempos que eu queria voltar a andar de bicicleta, mas não me sentia seguro. As ruas de Niterói, onde antes tinham duas pistas, passaram a ter três, sem nenhuma obra de alargamento (que dirá ciclovia). Resisti muito tempo por isso, mas resolvi enfrentar o medo. Hoje faço tudo de bicicleta. Vou e volto do trabalho, faço compras no supermercado, etc. essa cidade é pequena, podia ser modelo de mobilidade com bicicleta. Infelizmente falta vontade política.
  •  engarrafamento
  •  economia
  • Tempo de viagem longo
  • O tempo perdido em transporte (trabalho no Rio de Janeiro, e o trajeto de ônibus + barca toma um tempo muito longo. Com a necessidade de fazer algum exercício físico e me manter ativa, optei por incluir a atividade no próprio trajeto. A mudança foi relativamente fácil, pois moro em local de fácil acesso às barcas (Icaraí). Com a prática e o condicionamento físico, ficou até mais rápido ir de bicicleta para o trabalho.
  •  por incrível que pareça, mas acho que a coclofaixa da Roberto Silveira foi um 'divisor de águas'. paralelamente o contato e convívio com cicloativistas também foi muito importante para eu ganhar mais confiança para andar no meio do trânsito. Falta -entre mUITAS outras coisas - SINALIZAÇÃO nas ruas, ensinando a todos como se comportar diante da presença do ciclistas, inclusive para os próprios ciclistas!Ciclista ande na mão! Motorista aoi virar à esquerda a preferência é do ciclista na faixa etc etc.
  •  Alto preço da tarifa do Transporte público, aí passei a usar bicicleta quando próximo, ou carro quando mais longe. O transporte coletivo é um dos maiores problemas da cidade.
  •  Mudei pq não aguentava mais ficar parado no trânsito. E a vantagem foi poder me exercitar enquanto me deslocava, que costumava ser um tempo morto. Economizei e sai do sedentarismo.
  •  eu andava a pé, mas qdo implantaram as poucas ciclovias e o movimento de ciclistas aumentou, criei coragem e cai dentro!
c  Quanto mais um sistema cicloviário seguro for oferecido à população, mais ciclistas aparecerão. Mais bicicleta, menos carros, melhor a fluidez no trânsito para todos.

Enquete de Setembro já está no Ar! Percepção de segurança, para participar clique AQUI!




5 km
Já experimentou ir de bicicleta?