sexta-feira, 27 de maio de 2016

Visitamos o Bicicletário da SuperVia

Por Sérgio Franco


No último dia 19 de Maio, uma quarta feira chuvosa, acompanhamos a equipe do Niterói de Bicicleta em uma visita ao bicicletário da SuperVia em Bangu.

Fomos recebidos pelo representante da Supervia, Pedro Paulo de Souza, onde depois de uma breve apresentação nos dirigimos até a estação Central do Brasil e pegamos o trem das 11:09 horas me direção à Bangu e chegamos às 11:52.

Uma observação importante, os bicicletários foram pensados para atender a população que se encontra dentro do raio de 5 km das estações. Quem acompanha o Mobilidade Niterói já sabe desta distância mágica é adequada para qualquer pessoa, não importando a profissão.
Raio de 5 km
O bicicletário de Bangu é o que possui maior utilização e não só por parte dos usuários dos trens da SuperVia mas também é usado por aqueles que vão nas imediações que possui intenso comércio.

O Pedro Paulo acredita que se a infraestrutura cicloviária fosse de melhor qualidade, com ciclovias adequadas e seguras o número de usuários seria bem maior e a intermodalidade favorecida.
Ciclovia na calçada, poste e ponto de ônibus
Atualmente o bicicletário tem capacidade para 450 bicicletas, contudo somente 10 são vagas horizontais:
450 vagas
Mas existe uma observação quanto estas 10 vagas horizontais. Elas são vagas preferenciais para deficientes, com isto vemos que a SuperVia pensou um pouco mais adiante. Sim, existem pessoas com necessidades especiais (com vários tipos de deficiências) que usam bicicletas para se locomover.
Vagas Especiais
O bicicletário possui 2 sistemas de pagamento, dinheiro ou através do bilhete único, este último na verdade é usado para pagar a passagem no trem da SuperVia, já que o bicicletário é gratuito para os passageiros dos trens. 

Contudo, segundo o Pedro Paulo (e estas informações terão que ser confirmadas), nos disse que o Bilhete Único poderia ser cadastrado no sistema para pagamento somente do bicicletário.

O valor é de R$ 1,00 a diária e o horário de funcionamento do mesmo acompanha o horário de funcionamento da estação de Bangu. 

Como sistema de segurança usa-se as tags, pequenos lacres com código de barras, e os usuários cadastrados podem cadastrar mais de uma bicicleta e uma bicicleta também pode ter mais de um usuário.
Tag
Bicicletas que ficam "abandonadas" por mais de 5 dias são retiradas e doadas, contudo, segundo a SuperVia, enquanto tiver espaço no bicicletário eles não removem as bicicletas.

Ainda possui bebedouro e um pequeno espaço para reparos e compressor de ar.

Tivemos a oportunidade de conversar com alguns usuários e todos elogiaram e gostam muito do bicicletário.

Notamos no entorno, que, apesar da pouca infraestrutura cicloviária o uso das bicicleta em Bangu é grande. Vimos diversos paraciclos próximos ao bicicletário da SuperVia.

O bicicletário das Barcas prevê 424 vagas, sendo que 136 horizontais e 288 verticais, a matéria pode ser vista AQUI!

Perguntamos a Isabela Ledo, coordenadora do Programa Niterói de Bicicleta, quais foram as impressões dela sobre o bicicletário.

    O que você achou da estrutura física do bicicletário da Super Via?

Acho que a estrutura atende ao propósito maior do bicicletário que é guardar com segurança as bicicletas dos seus usuários. Acho também positivo que a Super Via tenha implantado estes equipamentos em áreas antes subutilizadas da ferrovia, contribuindo assim para a melhoria da qualidade do espaço urbano ao redor. A arquitetura do bicicletário é bastante simples e funcional, o que significa menores gastos na sua execução. Acho isto um outro ponto positivo do projeto.


    E sobre o sistema de controle (com tags) de entrada e saída das bicicletas?

Os administradores do bicicletário não relataram qualquer dificuldade em relação ao sistema implantado. Acredito que quanto mais simples for o sistema de controle, mais atrativo o bicicletário será para a população. Criaremos em breve um grupo focal de trabalho, com ciclistas e não ciclistas, para avaliarmos juntos qual seria o modelo ideal para o nosso bicicletário em Niterói.



    Dos dois sistemas de pagamento apresentados, qual a principio você acha que seria mais adequado para o bicicletário das Barcas? 

    Acho que o sistema de combinação com o Bilhete Único sem custo adicional para o usuário do bicicletário é uma ótima opção pois incentiva a intermodalidade com o transportes públicos de massa como as barcas e os ônibus. Mas este não pode ser o único sistema. Não queremos obviamente limitar o uso somente a estes usuários.

    O que mais chamou sua atenção no bicicletário da Super Via?

    Acho a iniciativa em si, ou seja, a disponibilização deste equipamento, um grande avanço e uma grande contribuição para a cidade. A gratuidade do serviço para os usuários da Super Via é também um grande diferencial.  


    Entre o bicicletário apresentado e o do futuro bicicletário das barcas, quais as semelhanças encontradas e quais as principais diferenças?

    O programa e os serviços oferecidos pelos dois bicicletários são muito similares. Isto porque ambos são localizados em pontos de intermodalidade. Por exemplo, assim como na Super Via, decidimos por não termos vestiários com chuveiros pois sabemos que as pessoas tendem a tomar banho em seu destino final, não no meio da sua viagem, como são ambos os casos. Acho que a grande diferença entre os dois bicicletários é que em Niterói não existe qualquer serviço similar sendo explorado no entorno do equipamento. Já na Super Via, existem vários bicicletários privados próximos aos bicicletários. Isso será um ponto positivo para nós, pois garantiremos uma taxa de ocupação maior. 


    Um dos problemas detectados pela própria Super Via é necessidade do usuário sair do bicicletário para depois se dirigir para a estação de trens, existe a possibilidade de evitarmos este problemas e os futuros usuários do bicicletário de Niterói poderem entrar direto na estação das Barcas sem a necessidade de sair do bicicletário para então depois se dirigir para as barcas?

    Temos que avaliar esta questão com a concessionária que explora o serviço das barcas. Ainda assim, como a localização do nosso bicicletário é bem próxima ao acesso do terminal aquaviário e como não há nenhum obstáculo como rampas e escadas a serem vencidos, acredito que este problema não será tão severo como é na Super Via.

    Já existe uma definição de quem irá operar o Bicicletário? Se existe, qual seria?

    Sim, quem irá operar o bicicletário de Niterói será a SUTEN (Superintendência de Terminais e Estacionamentos de Niterói), órgão responsável por fiscalizar os estacionamentos e os terminais rodoviários da cidade. 

    Por fim, já existe uma previsão para início e termino das obras?

O projeto já foi licitado e estamos aguardamento agora a ordem de início das obras que devem durar entre 3 e 4 meses. 


Só 5 km!
Aproveite esta distância
e use a bicicleta!








domingo, 8 de maio de 2016

Uma Nova Pesquisa! Niterói - Bicicleta, Lazer e Turismo!

Por Sérgio Franco




Estamos lançando uma nova pesquisa!

Sim, resultado da parceria entre Mobilidade Niterói, Pedal UFF-Tur, Planett e Programa Niterói de Bicicleta, esta pesquisa tem o objetivo de identificar o perfil das pessoas que realizam passeios na cidade por meio da bicicleta, os locais que são mais visitados, suas motivações e até problemas encontrados na infraestrutura, cicloviária e turística. 

Espera-se que o resultado possibilite o desenvolvimento e implantações de ações para o fomento do cicloturismo na cidade.
Formulário AQUI

Quem deve responder? 

Pessoas que utilizam ou utilizaram, em qualquer data, a bicicleta para deslocamento na cidade de Niterói com motivação de lazer, passeio ou conhecimento do município.

Todos que acompanham notícias sobre mobilidade urbana já sabem do crescimento do uso da bicicleta como meio de transporte.

E diversas pesquisas e contagens realizadas, por diversos coletivos, associações, ongs e pelo próprio Mobilidade Niterói, já comprovam o que vemos todos os dias nas ruas, mais pessoas usando as bicicletas com as mais diversas finalidades e uma delas envolve o turismo.

Mas vamos entender o turismo em um sentido mais amplo e não só naquele em que a pessoa esta em viagem mas também quando ela simplesmente esta passeando, mesmo em que sua própria cidade, só para pedalar, ir para aquele seu local favorito, ou ir conhecer aquela nova atração ou mesmo aquela antiga na qual nunca tinha ido.

E o que não falta em Niterói são atrações para serem visitadas. 
Portugal Pequeno
Podemos destacar algumas das mais agradáveis para se ir de bicicleta, como Portugal Pequeno, que tem uma vista inusitada da Ponte Rio-Niterói, as ruas calmas da Ponta da Areia e seu famoso Mercado de Peixe; A paisagem deslumbrante de Jurujuba e os barcos da colônia de pescadores; a famosa Fortaleza Santa Cruz muito visitada por ciclistas; a Ilha da Boa Viagem com sua paisagem e construções históricas; as obras de Oscar Niemeyer, do Teatro Popular, passando pelo Museu de Arte Contemporânea (MAC), incluindo ainda o terminal das barcas em Charitas, além dos museus Janete Costa, Solar do Jambeiro, o Teatro Municipal a igreja de São Francisco entre tantas outras atrações.

Ponta da Areia
Mas quem são os ciclistas que visitam estas atrações? São moradores de Niterói? São de cidades vizinhas? Eles veem de outros estados e países? O que costumam visitar quando estão aqui? São famílias? Veem sozinhos? 

Como tomaram conhecimento de nossa cidade?

E quando veem, por que vão à determinadas atrações e não em outras? É por que não tiveram interesse? É por que não sabiam daquela atração? Ou por que não acharam seguro para pedalar?

Todas estas informações serão importantes para elaboração de projetos que fomentem mais o cicloturismo na cidade. Niterói é uma cidade plenamente ciclável, e suas mais diversas atrações podem ser visitadas de bicicleta. E a proximidade com o Rio de Janeiro e a facilidade de se chegar aqui tem que ser exploradas.

Jurujuba

E logicamente, quanto mais bicicletas, quanto mais pessoas utilizando bicicletas, mais serão as pessoas encorajadas a passar à usa-las também. Ou seja, mais bicicleta, menos carros, uma cidade para pessoas uma #niteroiparapessoas.

Então, participe da pesquisa, o formulário pode ser acessado AQUI! 
E ajude divulgando e compartilhando em suas redes sociais.

A sua participação é muito importante mesmo!

Para informações e/ou comentários: pedalufftur@gmail.com

Nossos links:
www.pedalufftur.blogspot.com.br/
www.niteroidebicicleta.rj.gov.br/
www.mobilidadeniteroi.com

São Só 5 Km!
Experimente Ir de Bicicleta!

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Ciclofaixa da Miguel Couto - Saiu o Relatório!

Por Sérgio Franco


Nos dias 3 e 4 de Maio, o Mobilidade Niterói realizou a contagem de ciclos na ciclofaixa da Rua Prof. Miguel Couto. 

Aproveitamos também e fizemos a contagem dos 4 trechos que compõem o cruzamento das Ruas Prof. Miguel Couto com Min. Otávio Kelly.

Para isto mudamos um pouco o sistema e usamos um aplicativo de contagem Thing Counter.

Ficamos prejudicados nas tradicionais fotos que o Mobilidade Niterói faz, contudo conseguimos fotografar grande parte dos ciclistas e de alguns flagrantes.

Fomos surpreendidos com os números, na Rua Prof. Miguel Couto, no trecho entre a Rua Min. Otávio Kelly e a Av. Roberto Silveira chegamos a contabilizar 86 ciclos/hora!
Até 86 ciclos/hora
Da mesma forma, no trecho entre a Rua Min. Otávio Kelly e Rua Nóbrega contamos incríveis 92 ciclos/hora!
Até 92 ciclos/hora
O Niterói de Bicicleta acertou em escolher esta Rua para a implementação da ciclofaixa. O próprio Mobilidade Niterói não esperava números tão expressivos e que acreditamos aumentarão.

A ciclofaixa já tinha tido uma boa aceitação por parte dos ciclistas como podemos ver no resultado da Enquete de Abril, onde 29% julgaram a ciclofaixa como boa e ótima, 21% regular e 21% ruim e péssima.

Os problemas existem e a falta de fiscalização e sinalização prejudicam o respeito a ciclofaixa que é bidirecional.
Diversos perfis de usuários

Os ciclistas que às utilizam possuem os mais variados perfis, não se limitando aos estudantes, como poderia ser esperado por alguns devido aos 3 colégios existentes na Rua Miguel Couto.

Mas destacamos o grande número de pais e mães levando seus filhos pequenos na cadeirinhas das bicicletas. 

Isto demonstra que estamos vivendo uma mudança de hábitos e que cada vez mais pais optam por usar as bicicletas para levarem seus filhos paras escolas, colégios e creches.

Relatório COMPLETO AQUI
Também fizemos a contagem de ciclos nos trechos entre as Ruas Herotides de Oliveira e Miguel Couto e também entre a Rua Domingues de Sá e Miguel Couto.

No trecho entre a Rua Herotides de Oliveira e Rua Miguel Couto foram contados até 26 ciclos/hora, já no trecho entre a Rua Miguel Couto e Domingues de Sá foram contados até 50 ciclos/hora.

Outras contagens, pesquisas e relatórios já vem demonstrando que a população esta descobrindo a bicicleta como meio de transporte, e isto não poderia ser diferente, principalmente em Niterói, onde se pedalando 5 km você praticamente cruza toda a cidade.

Cabe agora aos órgãos chaves da administração fazerem a sua parte, ou seja, que a NitTrans e a Secretaria de Urbanismo e Mobilidade façam a sua parte. A NitTrans tem que entender que velocidade máxima não é velocidade média do fluxo de veículos e a Secretaria de Urbanismo e Mobilidade tem que entender que bicicleta não é só lazer e saúde, é mobilidade, e ambas tem que entender que SIM, mais bicicletas são menos carros, menos carros é melhor a fluidez do trânsito para todos, inclusive para quem vai ter que continuar usando o carro.

www.mobilidadeniteroi.com
facebook/mobilidadeniteroi

São só 5 km
Tire proveito da distância e use a bicicleta
5 km