terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Av. Marquês de Paraná - Velocidade Média - 30 km/h

Por Sérgio Franco




O Mobilidade Niterói fez um levantamento da velocidade média que encontramos em diversos trechos da Av. Marquês de Paraná, uma das mais importantes ligações entre a zona norte, zona sul e centro. Só na ligação entre a zona sul com o centro são mais de 280 ciclos/hora e na Rua São Lourenço foram contatos mais de 159 ciclos/hora.

Mas como fizemos o levantamento?

Escolhemos o período de 4 a 8 de abril de 2016, período posterior ao levantamento dos dados usados na elaboração do relatório (março de 2016)  e que, portanto, abrangeu somente os dados históricos. Consequentemente, as médias de velocidade e tempo de viagem são relativas às análises históricas da própria ferramenta do Google, sem ter abrangido eventuais ocorrências em tempo real que alterariam a análise

Para termos maior segurança sobre o funcionamento do Google Maps entramos em contato com dois sites especializados, enviamos uma imagem de exemplo e perguntamos como o Google calculava os tempos de viagem:
  

“Essas são estimativas de quanto pode variar seu tempo de viagem. No caso citado seria uma média entre os dois valores. 7 se estiver tudo ok e 14 min na pior das hipóteses (se há transito, faróis fechados, terreno ruim, etc). Média de 10 minutos.”

Resposta do Grupo NZN (www.gruponzn.com)

“O Google utiliza o máximo de variáveis possíveis encontradas no trajeto para estimar o tempo de viagem, isso inclui velocidades máximas e mínimas das estradas, histórico de trânsito do local, tipos de estrada, etc. Depois ele cruza tudo com tempos reais de viagem de um ponto a outro para chegar a um valor aproximado.”

O horário escolhido para a análise foi de 7 às 22 horas. E foram escolhidos 4 trechos que fazem a ligação entre a Rua São Lourenço, e a Av. Quintino Bocaiuva, início da Av. Presidente Roosevelt.

Por ser uma via tão importante nos fez questionar a velocidade regulamentada de 60 km/h, será que é possível baixar esta velocidade? Surpreendentemente nos parece que sim.


Nos 4 trechos analisados constatamos que em mais de 82% do tempo as velocidades médias já são inferiores aos 30 km/h.


Relatório completo AQUI
Portanto, não existe motivo para que as velocidades regulamentas para o trechos analisados sejam de até 60 km/h. 

Mas qual é o problema com uma velocidade regulamentada de 60 km/h? 

Bem, como foi demonstrado no relatório, as velocidade médias dos quatro trechos estudados continuam 82% do tempo inferiores aos 30 km/h, contudo o grande problema que encontramos são os "espaços vazios", trechos em que existem poucos veículos e os motoristas, com uma falsa sensação de estarem ganhando tempo, aceleram, pondo em risco ciclistas e pedestres.

Os trechos analisados foram:
 
  • Rua São Lourenço à Av. Pres Rooselvelt;
  • Av. Pres Rooselvelt à Rua São Lourenço;
  • Rua São Lourenço à Av. Miguel de Frias;
  • Rua Dr. Paulo Cesar à Rua São Lourenço
A Av. Marquês de Paraná é realmente uma via de grande fluxo de carros, ônibus e caminhões, mas é também uma área intensamente povoada, com grande número de pedestres e ciclistas, ou seja, pessoas.

Não existindo ganho para os veículos motores com a velocidade de 60 km/h, por que insistir nesta?

Outra solução seria estabelecer na via faixas de rolamento com velocidades regulamentadas diferentes, com velocidades máximas em seus bordos de 30 km/h. 

Velocidades reduzidas salvam vidas

Além de não prejudicar a fluidez no trânsito, velocidades menores salvam vidas, e temos dados de diversas cidades no mundo como vemos na imagem acima. São resultados positivos na França, Dinamarca, Noruega, Estados Unidos, Suíça, Suécia e Austrália.

Velocidade máxima alta, como ficou mais uma vez provado, não é velocidade média alta e é esta que interessa para uma melhor fluidez no trânsito.



E como podemos ver na demonstração de Doug MacDonald acima, que foi secretário de transporte de Washington, velocidade máxima alta, pelo contrário, pode diminuir a velocidade média da via.

Além da óbvia redução da velocidade, acreditamos que nesta via em particular é essencial a implantação de uma ciclovia.

A TC Urbes, já elaborou projeto para uma ciclovia na Av. Marquês de Paraná, a pergunta que fazemos é, cadê este projeto? Por que ainda não foi implantado? Existem outros projetos para a via? 


A prefeitura de Niterói tem que decidir se vai ou não aproveitar a vocação que Niterói tem para ser uma cidade amiga da bicicleta e consequentemente amiga de todos.



São só 5 km
Quanto mais pessoas usarem a bicicleta
nesta distância melhor será a fluidez do
trânsito para quem tem que usar o carro!





domingo, 11 de dezembro de 2016

Contagens Automáticas 2016 - Números maiores que os do Rio!

Por Sérgio Franco



Pela segunda vez conseguimos realizar uma contagem automática em Niterói, graças ao Transporte Ativo, que nos emprestou o equipamento e que sem este seria muito difícil, sem a ajuda de voluntários, realizar uma contagem de 12 horas!

A contagem, além da super ajuda do Transporte Ativo, contou com a parceria do Niterói de Bicicleta, que, além de ir buscar o equipamento, ajudou na montagem e desmontagem do mesmo.


Relatório Completo AQUI

As contagens ocorreram nos dias 6 e 7 de dezembro. No dia 6 a contagem foi feita na ciclovia da Av. Amaral Peixoto, entre as Ruas Visconde de Uruguai e Maestro Felício Toledo.

Na ciclovia da Av. Amaral Peixoto contabilizados 1556 ciclos, o que da um fluxo de ciclos de 119,69 ciclos por hora! Quando ajustamos o horário para o mesmo período da contagem de 2015 temos 1443 ciclos e um fluxo de 117,75 ciclos por hora!

Ciclovia Av. Amaral Peixoto

Ao compararmos os dados de 2015 com os de 2016 podemos constatar um aumento de 42,29%. 


42% de aumento


Na parte da manhã o maior fluxo foi de 158 ciclos/hora entre as 8 e as 9 horas, já no período da tarde a maior contagem foi de 161 ciclos/hora no período entre 18 e 19 horas.



Na ciclovia da Av. Roberto Silveira foram contados 1931 ciclos, ou seja, 148,53 ciclos/hora. Quando ajustamos o horário para podermos fazer comparação com os dados de dez/2015, ago/2016 e dez/2016 temos um fluxo de ciclos de 147,5 ciclos/hora!

Ciclovia Av. Roberto Silveira
Ao compararmos dezembro de 2015 com dezembro de 2016 verificamos um aumento de 71%. Mas não devemos ignorar os dados de agosto de 2016 levantados pela aluna de mestrado da UFRJ, Roberta Pedroza, que contabilizou neste mesmo período um fluxo de 166,5 ciclos/hora!

71% de aumento

Mas o mais surpreendente dos números esta na comparação com os dados do Rio de Janeiro, onde Niterói esta com as 6 maiores contagens se excluirmos a ciclovia da orla de Copacabana.

Comparações com o Rio de Janeiro

Claro que constatamos problemas que fizemos constar do relatório, mas o que é incontestável é o crescimento do número de usuários da bicicleta. Este crescimento é constatado em todas as vias que o Mobilidade Niterói acompanha.

A Prefeitura de Niterói infelizmente, parece que até o momento não se deu conta da importância deste crescimento e parece não dar muito importância. Hoje, somente o Niterói de Bicicleta trabalha em prol da mobilidade ativa, mesmo sem ter estrutura ou verbas próprias. Órgãos desta mesma prefeitura parecem não terem o mesmo pensamento de que a bicicleta é um meio viável de locomoção urbana em Niterói. NitTrans, Secretaria de Urbanismo e Mobilidade e Emusa, que possuem verbas e estrutura, raramente fazem alguma intervenção que promova o uso da bicicleta e quando fazem, fazem perigosamente mal feitas, veja o caso da "ciclofaixa" da Rua Moreira Cesar (Secretaria de Urbanismo e Mobilidade), "ciclovia" do Barreto (Emusa) e "ciclofaixa" temporária da Av. Marquês de Paraná (NitTrans) e a instalação da ciclovia da Rua São Lourenço (NitTrans).

É urgente que esta política seja mudada para, não só acompanhar o crescimento contínuo dos modais ativos (destaque para bicicleta) como para também estimular a aceleração deste crescimento, atraindo novos usuários. Quanto mais usuários da bicicleta tivermos para as curtas distâncias (5 km), melhor será o trânsito para quem ainda tem que usar o carro.


SÃO SÓ 5 KM
TIRE PROVEITO DA DISTÂNCIA
EXPERIMENTE IR DE BICICLETA!

domingo, 4 de dezembro de 2016

Resultado - Enquete de Outubro - Mulheres

Por Sérgio Franco



Na última contagem realizada na ciclovia da Av. Amaral Peixoto (pode ser acessada AQUI), fomos surpreendidos por um número extremamente baixo na participação das mulheres no uso dos meios ativos de transporte e em especial da bicicleta.

O problema que já tinha sido levantado no I Encontro Para o Desenvolvimento do Cicloturismo acabou se evidenciando não só na queda na participação delas no mês mas principalmente na tendência de que da que estamos constatando.

A importância do problema é tão grande que prorrogamos a enquete de Outubro para abranger também o mês de Novembro e tentarmos identificar os motivos da baixa adesão.

A população de Niterói é composta de 54% de mulheres, ou seja, são a maioria. Contudo esta participação no composição da população não esta se refletindo no uso dos transportes ativos e na contagem de Novembro foram apenas 8%.


Fonte: IBGE
Na SUA opinião , por que as mulheres ainda tem uma participação menor no uso da bicicleta? (Assédio no Trânsito)


Na SUA opinião, por que as mulheres ainda tem uma participação menor no uso da bicicleta como meio de transporte? (Estrutura cicloviária deficiente)


Na SUA opinião, por que as mulheres ainda tem uma participação menor no uso da bicicleta como meio de transporte? (Falta de segurança no trânsito) 



Na SUA opinião, por que as mulheres ainda tem uma participação menor no uso da bicicleta como meio de transporte? (Falta de segurança pública) 


Na SUA opinião, por que as mulheres ainda tem uma participação menor no uso da bicicleta como meio de transporte? [Desconforto pessoal (quanto à suor, roupas, cabelo e maquiagem)]


Ainda deixamos espaço para que os entrevistados dessem sua opinião pessoal:

Opinião dos homens:

  • Incentivo público com campanhas que estimulam a participação de todas
  • Eu e amigos ciclistas:independente do sexo, incentivar o uso da bicicleta e oferecer-se como guia no processo de adaptação ao novo meio de transporte.
  • Poder público: Infraestrutura cicloviária, sinalização e educação para o transito.
  • Empresas: Incentivar o uso de bike como meio de transporte, provendo local para banho, bicicletário e armário para o funcionário.
  • Eu e amigos ciclistas:independente do sexo, incentivar o uso da bicicleta e oferecer-se como guia no processo de adaptação ao novo meio de transporte.
  • Poder público: Infraestrutura cicloviária, sinalização e educação para o transito.
  • Empresas: Incentivar o uso de bike como meio de transporte, provendo local para banho, bicicletário e armário para o funcionário.
  • Prover segurança de forma que se sintam tão seguras e livres pra pedalar como os homens.
  • Participo de vários grupos de ciclismo e cicloturismo, de final de semana, onde muitas mulheres também pedalam...Por vezes, chega a ter mais mulheres do que homens! Mas no dia-a-dia, elas encontram muitas dificuldades para pedalar, por conta de seus diversos afazeres. Portanto, se nós, homens, ajudássemos para que não não houvessem tantos afazeres que dependam delas, aí sim optariam pela bicicleta com tranquilidade. Portanto, para que mais mulheres pedalem nas ruas, os homens têm que começar a fazer sua lição de casa e ajudar! 
  • Oferecer infraestrutura segurança e respeito.
  • Oferecendo mais segurança , faixas exclusivas etc
  • Campanha de Educação no Trânsito, Melhorar a Segurança Pública, Melhorar a Segurança no Trânsito, Melhorar e interligar a Malha Cicloviária.
  • Melhorar a estrutura cicloviária. 
  • Maior segurança publica e segurança cicloviária

As mulheres que participaram da pesquisa acabaram parem darem respostas mais completas e aquelas que ainda pedalam e até mesmo as que deixaram de pedalar deram suas opiniões pessoais que são de extrema importância, infelizmente, ao que parece, a falta de respeito transcende o meio de transporte escolhido.

Opinião das mulheres:

  • Poder público: melhorar a segurança pública Todos: ensinar noções básicas de mecânica para meninas e mulheresTodos: cortar desde cedo a ideia de que mulher deve servir aos homens de alguma forma - embora eu não tenha nenhuma história pessoal de assédio no trânsito, sei que tem muitas mulheres que já sofreram e outras que têm receio de pedalar por causa disso. Só que essa é uma questão cultural e tão entranhada na nossa sociedade que precisa de todo um trabalho de combate ao machismo. 
  • Campanhas de educação de motoristas, pedestres e ciclistas com atenção especial aos motoristas de ônibus e motoqueiros (ciclofaixa não é motofaixa!)
  • Efetivamente construir ciclovias seguras. Tantos estudos feitos e a execução não chega perto de uma estrutura segura.
  • Obs: na anterior entendi que 2 era importante!
  • Mulher de Bike significa  Seguranca! Contagems botafogo e laranjeiras mesmo com ciclovia mulheres eram de 10 % em botafogo por causa de. Ciclovias em areas de risco e interrompidas! E preciso ciclovia util que ligue origem destino e areas de interesse e fuja d eproblemaa conforme metodologia ciclorotas 
  • Publicidade para respeitar todos os ciclistas. Paz!
  • Criar mais ciclovias, bicicletários com banheiro, respeito ao ciclista e entender que precisa de proteção no trânsito em comparação com os outros veículos. 
  • Programas educacionais para o trânsito. Levar aos motoristas e aos guardas de trânsito o conhecimento dos direitos dos ciclistas, fazendo cumprir a lei.
  • Melhorar as condições de segurança pública na ruas. Meu maior medo, é ser assaltada com a bike. Já tive bike roubada.Incentivar as empresas a oferecer bicicletários e banheiros, para que as mulheres possam tomar banho e se arrumar para o trabalho.
  • Ter sempre bicicletas na rua,  ter sempre movimentos como pedal sonoro, Massa crítica e outros afins toda semana ou de 15 em 15 dias; qto mais se falar em melhorias na mobilidade urbana melhor para todos nós. Espero,  que as mulheres possam andar mais de bike pela cidade de niterói. Abraços 
  • Motoristas em geral pensam que nós ciclistas somos uma ameaça e por isso tentam a todo instante nos atingir,  quiçá nos eliminar de sua frente. Eles vêem nas mulheres o meio mais fácil. O pouco que sabem sobre lei de trânsito para os ciclistas não os fazem respeitar as leis de boa convivência, eles xingam,  humilham e até mesmo ameaçam , não só as mulheres, mas os ciclistas no geral. Porém,  as agressões verbais mais humilhantes  são  direcionadas as mulheres.  Temos medo. Temos família que nos esperam voltarmos com segurança.  Talvez por isso muitas estejam desistindo e preferindo usar outros meios de transporte. Ainda acredito que falta informação pública,  em locais estratégicos de forma clara e às vistas de.quem está ao volante. Somente a massificação das informações farão os motoristas entenderem que o uso da bicicleta é um caminho sem volta. Se pudéssemos fazer um BO usando as fotos e/ou os videos  com os absurdos que presenciamos e o risco que corremos, e os motoristas envolvidos  fossem multados por colocar a vida de  ciclista em risco, nos sentiriamos mais seguros e protegidos,  e eles pensariam duas vezes em fazer algo contra um ciclista, porém o poder público não tem muito interessante nisso. Não temos  carcaça de ferro nos protegendo. Apenas um capacete que no fundo não serve pra nada. Mas o motorista que está  confortavelmente sentado em seu carro não quer saber. Enfim, sou mulher,  vou pro trabalho,  vou ao medico,  vou ao supermercado,  vou a praia,  viajo e curto meu lazer tudo de bike, não há carro, ônibus ou caminhão do mundo que me faça parar;  a menos que me mate. Obrigada Viviane 
  • Eu cheguei a comprar uma bicicleta, mas consegui ir para o trabalho apenas 2 vezes por falta de ciclovias na metade do meu trajeto (Alameda São Boaventura). Para mim a ausência de ciclovia foi determinante para desistir de ir de bicicleta.
  • Mais ciclovias e educação no trânsito
  • Melhorar a estrutura viária: qualidade das pistas, sinalização adequada para pedestres, ciclistas, motoristas, pne, acessibilidade. Iluminação. Redução da velocidade dos carros, educação no trânsito para ttodos, especial profissionais do volante, interrogação modal c bicicleta.
  • Segurança é primordial. Muitas não andam de bicicleta por que tem medo do trânsito e de assaltos. Dizem que se não tivessem que andar nas ruas (sem ciclovias) elas iriam usar mais a bicicleta. 
  • Passar a discutir sobre o assunto ajuda muito. Interferir em situações claras de preconceito por gênero, criminoso ou psicológico. Ajudar na conscientização. Criar programas de incentivo especial para mulheres. E solucionar os pontos listados acima na própria pesquisa. Infra-estrutura, presença de poder público fiscalizador e coibidor de irregularidades/ crimes, sugerir/obrigar empresas a ter vestiário para receber os ciclistas. 
  • Mais apoio às mulheres que andam de bicicleta 
  • Melhora da estrutura cicloviária; Ciclovias com separadores para proporcionar mais segurança; Melhorar a segurança pública;
  • Segurança no trânsito. Sinalização indicativa
  • Campanhas educativas 
  • Melhor iluminação e segurança no transito, como uma condição mínima para a locomoção das mulheres na cidade independente do veículo e isso cabe ao poder público.Para os demais cidadãos sejam ciclistas ou motoristas ou pedestres, o assedio é um importante fator negativo, que diz respeito a mudança da cultura machista das cantadas e piadas de mau gosto, isso também contribui para a sensação de insegurança no transito.Assim como o respeito as leis de transito é um fator fundamental para a vida de todos.Então para todos como cidadãoes o importante é respeitar as leis de transito, não assediar as mulheres na rua e principalmente, se notar alguma mulher nervosa ou com expressão de insegurança na rua ou que esta pedindo socorro ajude-a, mostre-se solidário, pergunte se precisa de ajuda. por vezes ja fui assediada, gritei com o assediador e não recebi qualquer tipo de apoio ou solidariedade, ao contrario, recebi olhares de reprovação ou pior, risos de demais homens e acham graça da situação.
  • Em outubro resolvi adquirir uma bicicleta e comecei a ir trabalhar em Icaraí diariamente utilizando-a (SF x Icaraí), mas é muito perigoso e em alguns dias não me sinto bem para fazê-lo. Em SG só temos ciclovias na rua Timbiras e na praia nas demais ruas não existem ciclovias. Icaraí possui ciclovia na Roberto Silveira mas os carros param constantemente nela para desembarque e embarque de passageiros, viram sem sinalizar e não respeitam os ciclistas. Quando passo pela Pres. Roosevelt alguns carros se aproximam tanto que chego a perder o equilíbrio. Minha bicicleta tem a cadeirinha da minha filha atrás e mesmo quando estou com a minha filha os motoristas não respeitam. Utilizamos capacetes, buzinas, luzes de LED para facilitar a visualização dos motoristas mas ainda precisamos de um movimento de conscientização muito grande para um convívio respeitoso e seguro. Vejo o desrespeito com os motociclistas também e é lamentável.
  • Pessoas físicas só podem incentivar e pedalar junto. O poder publico precisa investir em mais infra estrutura cicloviária. Sem segurança, nem mulheres jovens nem mães com seus filhos se sentem à vontade para usar a bicicleta como meio de transporte em grandes cidades. 
  • As perguntas acima resumem o que se faz necessário mas a segurança é o principal. Enquanto nossas regras de transito não devidamente aplicadas continuaremos a ter acidentes. Também sou a favor da diminuição da velocidade em certas áreas.
  • Educação no trânsito. Diversas vezes já ouvi coisas como "sai da via e vai lavar uma roupa" no caminho para o trabalho. Segurança seria outro ponto crucial, pois eu mesma não pedalo a noite sozinha por medo. 
  • Melhorias nas ciclovias. Interligar as ciclovias e conscientização no transiti en relação ao pedestre
  • Aumentar a malha cicloviária (com ciclovias de fato, e não "ciclofaixas") e locais p troca de roupa e banho de ciclistas, assim como guardar bicicletas de maneira segura
  • Teveriamos ter mais ciclovias na cidade e mais bicicletários 
  • Acho que são duas coisas principais,  a questão do assédio e o respeito ao ciclista na ciclovia e na rua. 
  • O incentivo das empresas. Campanhas exclusivas. 
  • Gentileza no trânsito. E ciclovias funcionais.
  • Eu não uso mais a bicicleta por questão de segurança..dependendo da hora descarto a possibilidade da bike. Eu andando de bicicleta já fui perseguida por um carro, já ouvi inúmeras "gracinhas" (ofensivas e desrespeitosas comigo)...Eu vejo a pequena porcentagem de mulheres usando bicicleta como um reflexo da nossa sociedade. Onde o respeito com o outro falta e a cultura do medo prevalece. Educação, respeito e outra coisas que não me recordo agora podem melhorar...As ações precisam ser efetivas e constantes idealizada a longo prazo.


A enquete não teve um número suficiente de respostas para dar uma validação científica à pesquisa mas acreditamos que é uma pequena amostra do que esta acontecendo para que a participação das mulheres em uma das melhores formas de locomoção na cidade de Niterói seja tão pequena, mas a maior preocupação esta no decréscimo que estamos constatando nas ruas.

Claro, esta participação varia muito de região para região da cidade sendo maior na Zona Sul da cidade, contudo ainda é muito desproporcional ao número de homens que hoje já adotam a bicicleta como meio de transporte.

As dicas estão aí, e principalmente naquelas que dependem só de cada um de nós, temos a obrigação de ouvi-las.


SÃO SÓ 5 KM
APROVEITA A DISTÂNCIA E VÁ DE BICICLETA
VOCÊ VAI ESTAR AJUDANDO A SUA CIDADE SER UMA CIDADE MELHOR PARA TODOS!



Contagem de Novembro - 121,5 Ciclos/Hora

Por Sérgio Franco


.

Continuamos em uma tendência de crescimento no uso de ciclos, mas fomos surpreendidos por um número muito baixo de mulheres usando a bicicleta, e a tendência tem sido de queda.

Este mês de novembro a participação das mulheres no uso do transporte ativo foi de apenas 8%, igual ao menor resultado que já tivemos e que foi registrado em fevereiro de 2015.

Não seria alarmante se esta menor participação tivesse ocorrido neste único mês contudo o que temos visto é uma inversão na linha de tendência na média dos últimos 12 meses.


Média dos últimos 12 meses

Esta mesma queda é constatada quando comparamos a média do ano de 2015 com a média do ano de 2016 até o mês de novembro.

Médias nas participações 2015 x 2016


Em um quadro geral, o que notamos é um aumento constante no número de ciclos, não importando que parâmetros usamos para fazer este cálculo e por isto esta queda na participação das mulheres é tão preocupante


Crescimento constante

O relatório completo relativo a contagem de novembro acessado abaixo:
Relatório AQUI

Esta baixa participação das mulheres já tinha sido mencionada durante o congresso acadêmico do I Encontro Para o Desenvolvimento do Cicloturismo, mas quando observamos uma cidade como Niterói esta diferença e a tendência de queda tornam-se mais preocupantes já que a população do município é composta de 54% de mulheres (IBGE)

O resultado da sobre a participação das mulheres pode ser acessado abaixo:


Clique AQUI

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SÃO SÓ 5 KM
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Ciclovia da Rua São Lourenço - Resposta

Por Sérgio Franco


Em resposta ao mail pedindo explicações sobre a "ciclovia" da Rua São Lourenço (Matéria AQUI) enviado para o Niterói de Bicicleta e NitTrans (que é a verdadeira responsável por autorizar ou não a implantação de ciclovias e ciclofaixas) e com reforço do Pedal Sonoro e Fecierj, além de demais ciclistas que se manifestaram fortemente na rede, o Niterói de Bicicleta respondeu:

"Prezado Sérgio e demais, boa noite.

Informo que a execução da infraestrutura cicloviária da Rua São Lourenço será refeita nestes próximos dias (a depender da chuva), de acordo com o que foi planejado pela TC Urbes e posteriormente revisado pelo Programa Niterói de Bicicleta. 

Sérgio, aproveito para agradecer sua colaboração, inclusive na contagem de ciclistas na última terça-feira.

Os projetos solicitados estão disponíveis para consulta no escritório do Niterói de Bicicleta e se achar necessário estou a disposição para apresentá-los também.

Atenciosamente,

Isabela Ledo

Programa Niterói de Bicicleta"

Infelizmente e como é de praxe não obtivemos resposta da NitTrans.

Agradecemos aos ciclistas por se manifestarem e cobrarem da Prefeitura o compromisso assumido pela atual administração através da assinatura da Carta Compromisso Pela Mobilidade Ativa.

Contamos com a ajuda de todos para que toda e qualquer intervenção urbana contemple o item 5 da carta:

"Construir novas infraestruturas e aprimorar as existentes, essenciais para o deslocamento de pedestres e ciclistas (malha cicloviária, sinalização, faixas de pedestre, calçadas etc). Valer-se das intervenções urbanas e viárias, periódicas ou não, para a inclusão dessas estruturas, de forma a aumentar a segurança das pessoas;"

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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Ciclovia da Rua São Lourenço - Pedimos Explicação

Por Sérgio Franco


Um dia depois de divulgarmos uma contagem de 159,5 ciclos/hora da Rua São Lourenço (AQUI), contagem esta maior do que a da própria Av. Amaral Peixoto, que possui ciclovia, somos surpreendidos uma uma "nova ciclofaixa", contudo uma surpresa que poderia ter sido boa na verdade se tornou amarga.

A ciclofaixa foi estreitada!

Pode parecer pouco, mas para as 159,5 vidas que transitam por esta via todos os dias não é. O espaço não é nem mesmo suficiente para que dois ciclistas se cruzem ou façam ultrapassagem, sempre pondo em risco aquele que tem que ir para a rua.

A ciclofaixa ainda é usada por pedestres, já que na Rua São Lourenço não existe calçada.

15% dos ciclistas da cidade partem da zona norte e a Rua São Lourenço é a principal via de passagem para chegarem ao centro ou a zona sul.

Clique AQUI


Da mesma forma em diversos trechos da ciclofaixa viram estacionamento, já que não tem fiscalização. Talvez agora não vire mais estacionamento, já que o tamanho da ciclofaixa não comporta mais um carro.

A indignação se torna maior pois a melhoria da estrutura cicloviária foi compromisso assumido pelo atual prefeito Rodrigo Neves ao assinar a CARTA COMPROMISSO PELA MOBILIDADE ATIVA.


Enviamos mail para:

Niterói de Bicicleta e NitTrans (que é a verdadeira responsável por autorizar ou não a implantação de ciclovias e ciclofaixas). O mail ainda foi copiado para os vereadores, Daniel Marques, Leonardo Giordano e Paulo Eduardo Gomes, para o coletivo Pedal Sonoro e para a Fecierj, além de órgãos da imprensa.

Segue abaixo a transcrição do mail:

"Prezados,

É com grande decepção e indignação que constatamos que a Rua São Lourenço, via recentemente recapeada, não teve a implementação de uma estrutura cicloviária segura efetivada, pelo contrário, no momento da pintura da “nova ciclofaixa” a mesma foi estreitada.

O perigo aumenta pois na dita ciclofaixa não podem passar duas bicicletas juntas e ainda tem que ser compartilhada com pedestres devido a inexistência de calçadas. Tudo fica ainda mais perigoso com a completa falta de fiscalização onde a já precária ciclofaixa vira estacionamento.

Estamos falando de uma via de onde circulam, de acordo com a última contagem feita pelo Mobilidade Niterói no dia 29 de novembro de 2016, 159,5 VIDAS por hora! Um aumento de 23,64% em ralação ao mês de agosto de 2015. 


ou


Temos que lembrar também da carta compromisso assinada pelo prefeito reeleito Rodrigo Neves, que pode ser acessada pelo link: https://pedalsonoro.com.br/2016/09/09/carta-compromisso-niteroi-2016/, onde destacamos o seguinte trecho:

“2) Ajustar, concluir e executar, de maneira gradual, o Plano Cicloviário de Niterói elaborado pela empresa TC Urbes, assegurando a participação dos usuários e a transparência do processo.
...
5) Construir novas infraestruturas e aprimorar as existentes, essenciais para o deslocamento de pedestres e ciclistas (malha cicloviária, sinalização, faixas de pedestre, calçadas etc). Valer-se das intervenções urbanas e viárias, periódicas ou não, para a inclusão dessas estruturas, de forma a aumentar a segurança das pessoas;”
...
8) Implantar, com urgência, a conexão cicloviária Zona Sul – Centro – Zona Norte (Avenidas Marquês de Paraná – Jansen de Melo), por meio de estrutura segregada do trânsito de veículos motorizados;”

Tendo em vista tal absurdo que encontramos em relação ao compromisso assinado e o desprezo pelas vidas daqueles pais, mães, crianças que circulam pela Rua São Lourenço vindo e indo para Zona Norte da cidade, já tão mão assistida, e em nome da transparência pública, solicitamos com urgência:

  • Apresentação pública do projeto cicloviário elaborado pela TC Urbes para implementação do sistema cicloviário na Rua São Lourenço e Av. Marquês de Paraná.
  • Apresentação pública dos projetos elaborados pelo próprio Niterói de Bicicleta em relação a Rua São Lourenço e Av. Marquês de Paraná.
Deixamos claro que não é aceitável que nenhuma ciclovia ou ciclofaixa já existente e consagrada tenha seu tamanho reduzido em função de uma suposta melhora na “fluidez no trânsito”. Melhorar a “fluidez no trânsito” é hoje internacionalmente consagrado que seja, entre outras medidas, incentivado o uso da bicicleta, principalmente em uma cidade com as dimensões e relevo de Niterói.

No anexo fotos da ciclofaixa da Rua São Lourenço


Certos da pronta atenção de todos."


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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Rua São Lourenço - 159,5 Ciclos/Hora

Por Sérgio Franco



Sem estrutura cicloviária segura mas com um número impressionante de ciclistas e um crescimento de 23,64% em relação ao mês de agosto de 2015, a Rua São Lourenço é uma maravilhosa surpresa!

E ainda tivemos o aumento no número de mulheres usando a bicicleta, em agosto de 2015 elas eram 7% dos ciclistas que passavam pela São Lourenço, agora chegaram aos 10%!

O número impressiona e fica na frente da maior contagem já realizada na Av. Amaral Peixoto, que foi de 127,5 ciclos (matéria AQUI) e muito próxima da contagem realizada pela mestranda da UFRJ, Roberta Pedrosa, de 166,25 ciclos/hora na Av. Roberto Silveira, em agosto deste ano. Vias que possuem ciclovias!

Ciclistas aguardando o sinal
Rua São Lourenço x Av. Marquês de Paraná

A Rua São Lourenço foi recapeada no início do mês pela EMUSA, o recapeamento foi bem vindo contudo a ciclofaixa, que já era precária, deixou de existir, o que trouxe maiores transtornos e riscos para os usuários da via, mas que mesmo assim não desistiram da praticidade da bicicleta.

Esta seria a oportunidade para implementar o projeto do plano cicloviário elaborado pela TC URBES que abrange toda a cidade e contempla a Rua São Lourenço (matéria AQUI), contudo temos resistência dentro da própria prefeitura para a implementação deste projeto por parte de um dos órgãos mais importantes, ou seja, NitTrans (Na verdade uma empresa mista).

TC Urbes (Clique Aqui)
A mentalidade encontrada na NitTrans é a priorização dos veículos motores para garantir a fluidez no trânsito para estes. Ok, concordamos com a fluidez no trânsito, afinal, ainda sofremos com um precário transporte público e um péssimo planejamento urbanístico que incentiva o crescimento horizontal da cidade distanciando a população de seu local de trabalho, mas, melhorar a fluidez no trânsito é também diminuir a necessidade do uso do automóvel e entra na nesta conta o incentivo ao uso da bicicleta, principalmente em uma cidade como Niterói, com curtas distâncias e relevo favorável.

Equação simples, mais bicicletas, menos carros, melhor a "fluidez" no trânsito para todos, principalmente para aqueles que terão que continuar a usar seus carros.

Contudo, o que vimos, ainda pela manhã da contagem, foi a marcação para uma posterior pintura da ciclofaixa, mas nos mesmos moldes da anterior.

Medição e marcação da ciclofaixa

Se a antiga marcação realmente for se manter os ciclistas continuarão a correrem riscos, como já alertamos na matéria de agosto de 2015 (AQUI), principalmente no que diz respeito à chegada na Av. Marquês de Paraná, onde os veículos entram com velocidades altas, e praticamente passam por cima da ciclofaixa e a existência de um poste na esquina só esconde mais os ciclistas e a existência da própria ciclofaixa.




Vamos lembrar que o atual prefeito assinou a carta compromisso pela mobilidade ativa durante a campanha Bicicleta nas Eleições, que em Niterói foi levada à frente pelo Pedal Sonoro com ajuda do Mobilidade Niterói e que pode ser vista AQUI

Carta Compromisso Assinada
Destacamos alguns trechos da carta:
"...1) Cumprir as determinações do PNMU (Lei 12.587/2012), Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/1997) e Estatuto da Bicicleta (Lei Municipal 2832/2011), concedendo prioridade ao transporte coletivo, à mobilidade ativa e integração intermodal;2) Ajustar, concluir e executar, de maneira gradual, o Plano Cicloviário de Niterói elaborado pela empresa TC Urbes, assegurando a participação dos usuários e a transparência do processo. Definir um cronograma para sua implantação e para o cumprimento dos prazos estabelecidos;...
5) Construir novas infraestruturas e aprimorar as existentes, essenciais para o deslocamento de pedestres e ciclistas (malha cicloviária, sinalização, faixas de pedestre, calçadas etc). Valer-se das intervenções urbanas e viárias, periódicas ou não, para a inclusão dessas estruturas, de forma a aumentar a segurança das pessoas;
...
7) Adotar as medidas necessárias para “acalmar” o trânsito, como a redução de velocidade máxima das vias de acordo com a OMS, implantação de “zonas 30”, instalação de rotatórias, de faixas de pedestre elevadas, de sinalização etc. Na engenharia e operação do trânsito, dar prioridade absoluta à preservação da vida;8) Implantar, com urgência, a conexão cicloviária Zona Sul – Centro – Zona Norte (Avenidas Marquês de Paraná – Jansen de Melo), por meio de estrutura segregada do trânsito de veículos motorizados;
..."
Os itens destacados acima estão diretamente relacionados com a Rua São Lourenço, então, por que não aproveitaram a oportunidade do recapeamento para por em prática?

Deixamos claro que o crescimento do uso da bicicleta tem sido constatado em todas as regiões de Niterói.

O relatório completo pode ser acessado AQUI.
Relatório Completo AQUI

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