quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Ciclovia, da Praça Saens Peña à Praça XV

Por Sérgio Franco


O Rio saiu na frente, elaborando uma ciclovia que ligará a Praça Saens Peña à Praça XV, o que trará mobilidade e benefícios aos comerciantes locais, tanto é que o presidente da Associação Comercial e Industrial da Tijuca, Jaime Miranda, sugere ainda que sejam incluídas ciclofaixas que liguem aos bairros de Vila Isabel, Grajaú e Andaraí. (Clique: Reportagem do O Globo aqui).



Niterói tem, efetivamente, duas ciclovias, a da Av. Amaral Peixoto e a da Av. Roberto Silveira (com todos os seus problemas que não discutiremos agora), contudo temos um grande gargalo que impede que toda a potencialidade delas seja atingida, não ligam a Zona Sul ao Centro, param na Marques de Paraná. A zona norte nem ciclovia têm.


Em pesquisa realizada pelo Mobilidade Niterói (Clique: Relatório Preliminar Sobre As Bicicletas Na Cidade De Niterói) foi constatado que:

  • 87% Concordam que uso da bicicleta é uma boa opção como meio de transporte no dia-a-dia.
  • 90% Concordam que uso da bicicleta melhora o trânsito nas ruas e avenidas.
  • 63% Concordam que o uso de bicicleta NÃO é restrito a alguns perfis/tipo de pessoas.
  • 94% dos entrevistados usariam a bicicleta como meio de transporte se determinadas demandas fossem atendidas.

Porém a demanda mais importante para os não ciclistas adotarem a bicicleta como meio de transporte são justamente as ciclovias.


As ligações ponto a ponto geram resultados e diminuem as críticas. Por que? Porque efetivamente atraem novos usuários das bicicletas para as ruas, e são estes novos usuários que vão mostrar os resultados positivos que uma ciclovia pode trazer para toda a cidade.

O trânsito melhora, porque mais pessoas trocam o carro pelas bicicletas; o transporte público melhora, porque fica mais ágil e confortável com as migrações de passageiros; parte dos usuários dos carros vão adotar a bicicleta e parte dos usuários dos ônibus também, contudo outra parte que utilizava o carro vai adotar o transporte público, todos ganham.

O comércio melhora, pois a sensação da perda da vaga para um possível cliente acaba simplesmente porque os clientes estarão usando a bicicleta. E ciclista consome mais que motorista. O que ocorre é que a ida ao comércio é mais frequente. De certo que o gasto por viagem é menor, mas os ciclistas vão mais vezes as compras e ao longo do mês o total gasto por um ciclista é maior que o gasto feito pelo motorista.

Uma ciclovia que não faz uma ligação de um ponto A ao ponto B não explora todo o potencial de benefícios que ela tem, e sim, acaba gerando uma desconfiança por parte da população, principalmente dos comerciantes, quanto aos resultados benéficos que as mesmas trazem.

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