sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Bicicletas Roubadas

Por Sérgio Franco


Qual a importância de um site como este?

www.bicicletasroubadas.com.br
Primeiro, evitar a venda de bicicletas que foram roubadas ou furtadas. Se todo ciclista que tiver sua bicicleta roubada ou furtada fizer o cadastro e se todo ciclista ou loja que for comprar ou revender uma bicicleta usada consultar o site, o número de recuperações vai crescer e o roubo ou furto vai ser inibido, mas para este resultado é necessário que todos usem o site.

Segundo, não existe a titularização do crime roubo/furto de bicicleta, o que não gera dados estatísticos para que as autoridades possam gerar um mapa com a mancha do crime e consequentemente com isso possam planejar a sua atuação.

Para ficar claro, crime é o roubo ou o furto, seja qual for o objeto subtraído. Quando falamos em titularizar estamos falando em acrescentar um dado para que se possa estudar qual é o interesse, alvo, objetivo dos criminosos com este crime. Por exemplo, já existe a titularização do roubo/furto de celular e de automóveis, mas ambos são o mesmo crime, roubo ou furto.

Diante disto fica ainda mais importante a participação de nós, ciclistas, na alimentação de banco de dados existentes como este.

Outro ponto importante guarde a nota fiscal como se fosse
 (e é) o documento do seu veículo, ela é importantíssima no caso da recuperação de uma bicicleta, é sua primeira prova de que você é o dono.  Sabemos que nem sempre somos tão cautelosos e podemos perder a nota, então, faça uma cópia, “scanneie” e guarde online.

Segundo Raphael Pazos, presidente do CSCRJ (Comissão de Segurança no Ciclismo da Cidade do Rio de Janeiro), o número de recuperações de bicicletas é até alta, contudo, a dificuldade esta em encontrar os verdadeiros donos, e algumas delegacias já estão até orientando aos ciclistas que fazem o boletim de ocorrência a também se cadastrarem no site. Aliás, não deixem de fazer a ocorrência!

A Guarda Municipal de Niterói solicitou ao Mobilidade Niterói, ao Niterói de Bicicleta e a FACIERJ estas estatísticas. Como podemos ver no mapa, se formos levar em consideração o que esta cadastrado, teremos apenas SETE ocorrências em UM ano! Sabemos que os registros não estão refletindo a realidade, mas não deixará de ser encaminhada a GMN esta solicitação. Contudo, infelizmente, não será tão precisa.

Mapa dos roubos e furtos de bicicleta em Niterói no período 2014/2015


A boa notícia. Qualquer ciclista pode cadastrar no site o roubo/furto da bicicleta em qualquer momento no site, ou seja, se a ocorrência se deu em 2014, 2013, 2012 ou em qualquer outra data você pode ,e seria interessante que fizesse, o cadastro. Como foi dito acima, servirá de estatística para que as autoridades possam planejar melhor a sua atuação.

Nós ciclistas, temos que fazer a nossa parte também para podermos cobrar. Não comprar bicicletas sem procedência, guardar a nota fiscal, fazer o boletim de ocorrência no caso de roubo ou furto, cadastrar em sites como o bicicletas roubadas.

Além do  www.bicicletasroubadas.com.br recomendamos também o registro conjunto nos sites:

www.bikeregistrada.com.br


www.ondefuiroubado.com.br


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Alemanha, ciclovias também tiveram problemas.

Por Sérgio Franco

Alemanha,  10% dos deslocamentos no país são feitos por bicicleta, algumas cidades alcançam 30%.

Ironicamente, a primeira ciclovia do país foi feita para facilitar a vida dos motoristas tirando os ciclistas das ruas.

Contudo, mesmo hoje, ainda existem problemas entre ciclistas e motoristas e a implantação de ciclovias ainda causa resistência em algumas localidades.

Mas apesar das dificuldades ainda encontradas a administração segue com a implantação e melhoria das ciclovias.

"Nós incentivamos a bicicleta, que é um meio de transporte saudável e bom para o meio ambiente e, por isso, achamos correto, em alguns casos, tirar vagas de estacionamento para construir ciclovias. A prioridade das políticas de mobilidade urbana em Berlim não está somente com os veículos automotores, mas também com as bicicletas", afirma Petra Rohland, porta-voz da Secretaria Estadual para Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente

"O ciclismo está crescendo, por isso é preciso dar mais espaço para a bicicleta, ampliando a infraestrutura. Berlim já é uma cidade de bicicletas, mas nós queremos melhorar as condições para que se torne a cidade amiga da bicicleta na Europa", afirma Rohland.

A afirmativa de Petra Rohland não poderia ser mais sintonia com o que hoje vem ocorrendo em nossa cidade. O aumento perceptível do uso da bicicleta, como a que foi constatada na contagem da Rua Marquês de Paraná (aqui), ou seja, “...é preciso dar mais espaço para a bicicleta, ampliando a infraestrutura.”.


A matéria completa feita pelo Deutsche Welle pode ser vista aqui: Como no Brasil, ciclovias também enfrentaram resistência na Alemanha

©Picture-alliance/dpa/J.Kalaene

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Marquês de Paraná, 165 ciclos/hora ou 2,75 ciclos/min

Por Sérgio Franco

O Mobilidade Niterói, juntamente com o Niterói de Bicicleta, no dia 21 de Janeiro de 2015, realizou contagem de fluxo de ciclos na Marquês de Paraná, no trecho que liga Icaraí e Santa Rosa ao Centro.



Para os ciclistas, nenhuma novidade, acredito que todos já esperavam uma alta contagem, mesmo sendo um período de férias onde escolas, cursos e faculdades estão sem aulas, o que diminui em muito o deslocamento na cidade. 


O relatório completo esta pode ser visto aqui: Relatório de Contagem Marquês de Paraná ligação Icaraí - Centro

Se comparamos com a orla de Copacabana, os resultados são ainda mais impressionantes, a Marquês de Paraná se aproxima muito dos números da ciclovia da orla, ainda mais se levarmos em consideração que esta não fica na orla e não possui ciclovia.

http://www.ta.org.br/contagens/CB/Orla_Copa.pdf


Este resultado prova ser mais que necessário a implantação da ciclovia neste trecho. Além do fluxo já existente de bicicletas, com seus impressionantes 165 ciclos/hora, uma ciclovia que ligue a da já existente  na Av. Roberto Silveira (apesar dos problemas, não nos esquecemos) com a da Av. Amaral Peixoto, só incentivará ainda mais o uso das bicicletas como meio de locomoção em nossa cidade.

A implantação da ciclovia neste trecho atrairá novos ciclistas e consequentemente diminuirá o número de veículos na rua e beneficiará o comércio. Hoje, por falta justamente destas ligações, todo o potencial que uma ciclovia pode trazer não esta sendo atingido. 

As contagens continuarão a ser feitas neste mesmo trecho toda 3ª quarta-feira do mês, da mesma forma que toda 3ª quinta-feira do mês estaremos na ciclovia da Av. Amaral Peixoto.

Voluntários serão sempre bem vindos, só entrar em contato com a gente pelo facebook/mobilidadeniteroi






sábado, 17 de janeiro de 2015

Contagem de Ciclos - Ciclovia Av. Amaral Peixoto.

Por Sérgio Franco



No dia 15 de Janeiro de 2015 o Mobilidade Niterói realizou uma contagem de ciclos na ciclovia da Av. Amaral Peixoto. A ideia é que esta contagem seja feita toda 3ª quarta-feira do mês e com isso acompanharmos o crescimento do uso da bicicleta na cidade.



Já toda  3ª quinta-feita do mês realizaremos contagens no trecho da Marquês de Paraná que liga Icaraí e Santa Rosa ao Centro. Neste trecho, além de ficarmos acompanhando a evolução do uso de ciclos na cidade como meio de transporte, pretendemos também demonstrar a importância que é a implantação de uma ciclovia que ligue a já existente  na Av. Roberto Silveira (apesar dos problemas)  com a da Av. Amaral Peixoto.

Durante a primeira contagem deste ano, observamos que, no período coberto de 07:00 horas até as 09:00 horas foi contabilizado um fluxo de 63,5 ciclos/hora ou  1,05 ciclos/min. O que é uma contagem impressionante se considerarmos que estamos em um período de férias e escolas e universidades não estão tendo aula.

Infelizmente ainda encontramos motociclistas circulando na ciclovia bem como um carro parado na mesma para efetuar desembarque.

Carro parado na ciclovia
O relatório completo pode ser acessado aqui: 15/01/2015 Contagem de Ciclistas Ciclovia Amaral Peixoto

A boa notícia é que, neste período de 2 horas, vimos o operador da NitTrans passar por nós 4 vezes, infelizmente não no momento em que o carro estava parado sobre a ciclovia.

Operador da NitTrans visto 4 vezes por nós


Gostaríamos muito de também de efetuar o acompanhamento na Rua São Lourenço, importante ligação da Zona Norte com o Centro e Zona Sul de Niterói, contudo não temos voluntários suficientes para fazer tal estudo. Da mesma forma seria importante realizar uma contagem de ciclos de 10 horas mas pelo mesmo motivo no momento fica inviável.

Se houverem pessoas interessadas em ajudar nas contagem é só entrar em contato conosco pela página  facebook/mobilidadeniteroi.







sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Um Dia Sem Carro em Bogotá

Por Sérgio Franco

Bogotá na frente desde 2000.

Temos que dar os parabéns para o então prefeito de Bogotá Enrique Peñalosa por sua coragem em encarar os desafios políticos que toda grande mudança exige.

O “Um Dia Sem Carro”, que é realizado toda primeira quinta-feira de Fevereiro em Bogotá, é efetivamente um dia SEM carro.

Enrique Peñalosa
Foto: wikipedia
Fica proibida a circulação de todos os veículos particulares, o que faz com que cerca de 1,5 milhões de carros deixem de circular neste dia, desaparecendo com isto os típicos engarrafamentos de uma cidade com mais de 10 milhões de habitantes, mesmo que ainda circulem cerca de 50.000 taxis, 15.000 ônibus e 300.000 motos, além dos veículos oficiais. E temos que observar que esta cidade ainda não possui metrô, que só começará operar em 2016.

O evento é tão bem visto que a população já pede para que o “Um Dia Sem Carro” seja celebrado todo mês.

Muitos já usam da bicicleta para seus deslocamentos, se não para percorrer todo o caminho até o destino, as utilizam para se dirigirem até os transportes públicos, ou seja, integração dos modais.

A população de Bogotá já esta acostumada a não utilizar seus veículos devido a uma permanente restrição em que se são proibidos os carros particulares durante sete horas com a intensão de diminuir os altos índices de congestionamentos, outra decisão corajosa da administração local.

Até 2014 Bogotá contava com 376 quilómetros de ciclovias.
Um dia sem carro em Bogotá

Mas onde esta a diferença entre Bogotá e as cidades brasileiras? A principal diferença se encontra na vontade política e na coragem de se enfrentar os desafios sem medo de errar. Iniciativas como esta, Um Dia Sem Carro, demonstram a toda uma população o quanto uma cidade pode ser melhor se o uso dos automóveis for restringido.

Com certeza parte da população que neste dia é obrigada a optar por outros meios de transporte, principalmente no caso da bicicleta, vão acabar descobrindo que também poderão adotá-los nos demais dias do ano, ou seja, um dia sem carro é um laboratório de testes para os novos adeptos da bicicleta.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Ciclovia, da Praça Saens Peña à Praça XV

Por Sérgio Franco


O Rio saiu na frente, elaborando uma ciclovia que ligará a Praça Saens Peña à Praça XV, o que trará mobilidade e benefícios aos comerciantes locais, tanto é que o presidente da Associação Comercial e Industrial da Tijuca, Jaime Miranda, sugere ainda que sejam incluídas ciclofaixas que liguem aos bairros de Vila Isabel, Grajaú e Andaraí. (Clique: Reportagem do O Globo aqui).



Niterói tem, efetivamente, duas ciclovias, a da Av. Amaral Peixoto e a da Av. Roberto Silveira (com todos os seus problemas que não discutiremos agora), contudo temos um grande gargalo que impede que toda a potencialidade delas seja atingida, não ligam a Zona Sul ao Centro, param na Marques de Paraná. A zona norte nem ciclovia têm.


Em pesquisa realizada pelo Mobilidade Niterói (Clique: Relatório Preliminar Sobre As Bicicletas Na Cidade De Niterói) foi constatado que:

  • 87% Concordam que uso da bicicleta é uma boa opção como meio de transporte no dia-a-dia.
  • 90% Concordam que uso da bicicleta melhora o trânsito nas ruas e avenidas.
  • 63% Concordam que o uso de bicicleta NÃO é restrito a alguns perfis/tipo de pessoas.
  • 94% dos entrevistados usariam a bicicleta como meio de transporte se determinadas demandas fossem atendidas.

Porém a demanda mais importante para os não ciclistas adotarem a bicicleta como meio de transporte são justamente as ciclovias.


As ligações ponto a ponto geram resultados e diminuem as críticas. Por que? Porque efetivamente atraem novos usuários das bicicletas para as ruas, e são estes novos usuários que vão mostrar os resultados positivos que uma ciclovia pode trazer para toda a cidade.

O trânsito melhora, porque mais pessoas trocam o carro pelas bicicletas; o transporte público melhora, porque fica mais ágil e confortável com as migrações de passageiros; parte dos usuários dos carros vão adotar a bicicleta e parte dos usuários dos ônibus também, contudo outra parte que utilizava o carro vai adotar o transporte público, todos ganham.

O comércio melhora, pois a sensação da perda da vaga para um possível cliente acaba simplesmente porque os clientes estarão usando a bicicleta. E ciclista consome mais que motorista. O que ocorre é que a ida ao comércio é mais frequente. De certo que o gasto por viagem é menor, mas os ciclistas vão mais vezes as compras e ao longo do mês o total gasto por um ciclista é maior que o gasto feito pelo motorista.

Uma ciclovia que não faz uma ligação de um ponto A ao ponto B não explora todo o potencial de benefícios que ela tem, e sim, acaba gerando uma desconfiança por parte da população, principalmente dos comerciantes, quanto aos resultados benéficos que as mesmas trazem.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Ciclovia na Av. Paulista, começam as obras

Uma conquista dos paulistanos que beneficiará a todos, não só aos ciclistas.

Veja matéria do Vá De Bike

Foto: Vá de Bike