domingo, 6 de dezembro de 2015

Mesmo com chuva, 86,25 ciclos/hora!

Por Sérgio Franco




Em uma semana chuvosa


A primeira contagem de ciclistas realizada de forma automática foi um sucesso! O equipamento é de uso profissional e  consequentemente muito preciso e usado por companhias de tráfego em diversos locais do mundo.

Para maiores detalhes clique AQUI!

Começamos a instalação do equipamento por volta das 7 horas, o mesmo foi trazido (de bicicleta) do Rio de Janeiro pelo integrante do Transporte Ativo Eduardo. E temos que agradecer o esforço do mesmo por ter acordado muito cedo para poder estar aqui. 

Começamos a contagem oficialmente a partir das 8 horas e terminamos as 20 horas.
86,25 ciclos por hora e com chuva!

Foram contados neste período um total de 1035 ciclistas o que resulta em um fluxo de 86,25 ciclos/hora! 

E no horário de maior movimento foram contados 118 ciclos/hora!

29/07/2014

Escolhemos um trecho onde já tínhamos feito uma contagem em 29 de Julho de 2014, naquela época, ainda sem a ciclovia, foram contabilizados 63 ciclos por hora entre 8 e 9 horas, desta vez foram contabilizados no mesmo horário 99 ciclistas, um aumento de 57,14%


Mesmo com chuva!

O detalhe é que desta vez o tempo não estava favorável, foi uma semana chuvosa, e no dia da instalação já tinha chovido na noite anterior, e ainda choveu um pouco pela manhã e novamente a noite. Lamentamos que isto certamente espantou parte dos usuários da bicicleta, mesmo assim, além do aumento constatado acima, a contagem superou números de diversos pontos no Rio de Janeiro.
Niterói x Rio de Janeiro (2015)

Não chega ser uma surpresa esta diferença encontrada. 

Niterói é uma cidade onde as distâncias são curtas e o relevo é favorável, o que nos falta é uma estrutura cicloviária segura e interligada e traga mais novos adeptos da bicicleta como meio de transporte.


E mesmo com esta estrutura cicloviária que ainda podemos considerar precária, vemos os aumentos constantes de ciclistas nas ruas. Mais bicicleta, menos carros, melhor o trânsito, não?





Relatório completo da contagem automática pode ser acessado AQUI.

Esta semana continuaremos as contagens!












quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Primeira Contagem Automática de Niterói!

Por Sérgio Franco


Contagem automática
O Mobilidade Niterói com apoio do Transporte Ativo esta realizando pela primeira vez em Niterói a contagem automática de ciclos! Um desejo de longa data. 

Desta forma conseguiremos fazer uma contagem de 12 horas e ter a exata noção da quantidade de ciclistas que usam as ciclovias ao longo do dia.

Nunca realizamos uma contagem tão longa por questões de logística. Uma contagem de 12 horas no sistema fotográfico necessita pessoal e tempo. Com o sistema automático, basta a instalação do equipamento pela manhã e sua retirado no final do período desejado já com os dados computados e enviados de imediato via celular ao banco de dados do Transporte Ativo.

Sistema Eletrônico


A única desvantagem no sistema é de não identificar os tipos de ciclos nem o gênero do ciclista.

Vale lembrar que hoje esta sendo o primeiro dia e é um teste para nós do Mobilidade Niterói.

O primeiro ponto escolhido foi a ciclovia da Av. Roberto Silveira esquina da Rua Lopes Trovão, ponto de grande movimento de ciclistas, inclusive pelas escolas e comércio existente na região.

O segundo ponto que escolhido para o levantamento de dados foi a Ciclovia da Av. Amaral Peixoto com a esquina da Rua Luís Leopoldo Fernandes Pinheiro. Em Outubro de 2015 foram contados neste trecho 202 ciclos por hora!

Para a próxima semana verificaremos a disponibilidade do equipamento e escolheremos outros pontos para efetuarmos as contagens.

Quer saber mais sobre o sistema? Clique AQUI!

Os sensores

www.mobilidadeniteroi.com
facebook/mobilidadeniteroi

sábado, 28 de novembro de 2015

Saiu o Perfil do Ciclista Brasileiro e Niterói se Destaca!

Por Sergio Franco

Perfil do Ciclista Brasileiro 2015

Foi lançado na última quinta-feira, 26 de Novembro, o livreto Perfil Nacional do Ciclista Brasileiro 2015  (Aqui). A publicação teve sua origem na Parceria Nacional Pela Mobilidade Por Bicicleta, onde além de Niterói pariciparam iniciativas das cidades de:

  • São Paulo
  • Rio de Janeiro
  • Porto Alegre
  • Belo Horizonte
  • Brasilia
  • Recife
  • Salvador 
  • Aracaju

O projeto Parceria Nacional pela Mobilidade por Bicicletas e sua pesquisa Perfil do Ciclista, são uma iniciativa da Transporte Ativo, com patrocínio do Banco Itaú, suporte técnico do Laboratório de Mobilidade Sustentável do PROURBE-UFRJ e Observatório das Metrópoles em parceria com diversas organizações da sociedade civil ligadas a promoção do uso de bicicletas. Ciclourbano, Aracaju; BH em Ciclo, Belo Horizonte; Rodas da Paz, Brasília; Pedala Manaus, Manaus; Mobilidade Niterói, Niterói; Mobicidade, Porto Alegre; Ameciclo, Recife; Transporte Ativo, Rio de Janeiro; Bike Anjo Salvador, Salvador; Ciclocidade, São Paulo.

Os resultados são encorajadores e reveladores:

Bicicleta é transporte!



Niterói foi a única não capital participante e diversos dados nos chamam atenção quando comparamos com as capitais participantes.

O Mobilidade Niterói apresentou as características de nossa cidade além dos dados que se destacaram na pesquisa em comparação com as demais cidades. A apresentação pode ser vista AQUI


Niterói se destaca!

O Ciclista de Niterói não se limita ao passeio ou lazer, usando a bicicleta para ir para o trabalho, escola, faculdade e até para as compras! Um detalhe que poucos comerciantes de Niterói prestaram atenção.

Bicicleta é transporte!

Como era esperado, o principal problema encontrado pelos ciclistas de Niterói é a falta de uma infraestrutura adequada.
Problemas que enfrentamos!

Este aspecto é tão importante que se reflete nos motivos pelos quais os não ciclistas ainda não adotaram a bicicleta como meio de transporte (Relatório Preliminar Sobre As Bicicletas Na Cidade De Niterói).

Não ciclistas

Como os ciclistas já sabem, a rapidez e a praticidade do uso da bicicleta é o grande destaque, e as distâncias curtas que encontramos em nossa cidade estimulam seu uso. Distâncias de até 7,5 km são ideais para que se adote a bicicleta. 
Motivação para começar a usar a bicicleta

E depois que se descobre a bicicleta, a rapidez e a praticidade ficam ainda mais evidentes para o ciclista.

Continuamos pedalando!


Novas pesquisas deverão ser feitas, até porque como já foi constatado ao longo do ano de 2015, o crescimento do uso das bicicletas em Niterói tem sido constante, um aumento de 81,9% só na ciclovia da Av. Amaral Peixoto com a Av. Rio Branco, onde circulam 115 ciclistas por hora, e só na esquina da Rua Luís Leopoldo Fernandes foram contabilizados 202,5 ciclos por hora! Ou seja, todo mês novos ciclistas surgem, novas pessoas adotam a bicicleta como meio de transporte mesmo sem a infra estrutura necessária.

Mas uma conclusão é óbvia, bicicleta é meio de transporte de sucesso e que só vem em um crescimento constante e ciclistas somos todos nós, trabalhadores e estudantes de todos os níveis.



sábado, 24 de outubro de 2015

Outubro e Novo Recorde!

Por Sérgio Franco

115,5 ciclos por hora!

E pelo 3º mês consecutivo temos um recorde. A contagem de Outubro contou 115,5 ciclos por hora passando pela ciclovia da Av. Amaral Peixoto na altura da da Av. Visconde de Rio Branco, o ponto escolhido para fazer o acompanhamento mensal do crescimento do uso da bicicleta na cidade de Niterói.

É um crescimento de 81,88% desde Janeiro de 2015!

Av. Amaral Peixoto X Av. Visconde do Rio Branco


Mais do que isso, apesar da greve na Universidade Federal Fluminense ter acabado, a contagem, até por erro nosso e pedimos desculpas por isso, foi feita no dia dos professores, ou seja, a UFF estava seu aula neste dia e mesmo assim tivemos este novo recorde!

81,88% de aumento

Mas não foi só isso, foi constatada um novo aumento da participação das mulheres na utilização da bicicleta, voltando ao patamar de 16% dos usuários de ciclos!

Novo aumento na participação das mulheres

Tudo isso sem termos a ligação prometida na Av. Marquês de Paraná.

Mas este mês tivemos uma novidade, fizemos uma contagem em outro trecho da ciclovia da Av. Amaral Peixoto. Ficamos posicionados na altura do Banco do Brasil, esquina com a Rua Luís Leopoldo Fernandes.

Neste trecho foram contabilizados 202,5 ciclos por hora!

A principal diferença encontrada entre os trechos, além do número de ciclos por hora, foi o destino, onde 13% dos ciclistas contabilizados neste trecho vão em direção à Av. Marquês de Paraná.

Av. Amaral Peixoto X Rua Luís Leopoldo Fernandes.


Tudo isto só reforça o que todos nós já temos observados, a população de Niterói esta aderindo a bicicleta mesmo sem ter as ligações seguras que integrem a Zona Sul, Zona Norte e o Centro!

A "solução" encontrada pela NitTrans de querer que ciclistas e pedestres compartilhem a calçada "inexistente" da Av. Marquês de Paraná que possui um enorme fluxo de pedestres com os 249 ciclos por hora (contabilizados em Agosto) já provou ser um erro e uma falta de entendimento do que é o desejo da população.

A importância do incentivo do uso do transporte ativo é lógica. Mais bicicletas, menos carros, melhor a fluidez do trânsito para aqueles que infelizmente vão ter que continuar usando seus automóveis.






quarta-feira, 30 de setembro de 2015

90 cm!

Por Sérgio Franco


90 cm
90 centímetros, mal passa um ciclista, esta é a distância medida pelo Vinícius Ribeiro quando resolveu comparar o tamanho da distância que estão "cedendo" aos ciclistas para usarem a via.

Todos os usuários da ciclofaixa nem precisavam de fita métrica para ver que ela esta tão estreita que muitas vezes nem passa uma bicicleta e ontem o Mobilidade Niterói flagrou um agente da NitTrans estreitando a ciclofaixa quando, eventualmente, algum ciclista resolvia alargar só um pouco.

Mas o que seria certo?

Segundo o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito é recomendado para uma ciclofaixa bidirecional a tamanho de 2,50 metros e para aquelas de sentido único o recomendado é 1,50 metros.

90 cm



Isso mesmo, o recomendado para uma ciclofaixa unidirecional é 1 metro e 50 centímetros. A ciclofaixa temporária tem 90 centímetros ou menos e dificilmente mais de 1 metro.





90 cm?



Logicamente, algumas situações não precisam nem de trena para medir e mostrar o tamanho da ciclofaixa. O próprio ciclista é a melhor referência. 

A NitTrans tem controladores ciclistas, eles sabem disso.



Mas voltando ao tamanho da ciclofaixa temporária, já que não é usada nem a medida recomendada pelo Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito para uma ciclofaixa unidirecional e com o medo de se provocar um "impacto" no trânsito de automotores se adotarem os 2,50 metros, o que poderia ser feito?

1,85 metros
A ciclovia da Av. Roberto Silveira tem 1,85 metros. Não é o recomendado mas é o que foi aceito. apesar de ainda haver espaço para que a mesma fosse mais larga.

Se vamos testar, que se faça o teste direito, colocando os cones que simulam a ciclofaixa de forma adequada e com o tamanho recomendado ou na mais sofrível das decisões, no mesmo tamanho já adotado na ciclovia da Av. Roberto Silveira.

Ciclovia da Av. Roberto Silveira

Sobre a temeridade do impacto negativo na fluides do trânsito o Mobilidade Niterói já se manifestou na publicação de 30 de Setembro onde, em virtude do Relatorio de Impacto da Ciclofaixa no Transito, chegamos a conclusão que houve sim um impacto, mas que é mínimo em função dos benefícios que uma rota cicloviária segura irá proporcionar.

Vamos entender, quanto mais bicicletas nas ruas, menos serão os carros, melhor será a fluides do trânsito.






terça-feira, 29 de setembro de 2015

Relatório de Impacto da Ciclofaixa no Trânsito de Automotores!

Por Sérgio Franco




Saiu o relatório que acompanhou o impacto no trânsito de veículos automotores com a instalação da ciclofaixa temporária. O relatório foi feito levando-se em conta o deslocamento no sentido Zona Sul - Zona Norte a partir da Av. Presidente Roselvelt até a Rua São Lourenço via Av. Roberto Silveira e Av. Marquês de Paraná.

A diferença, que consideramos insignificante, foi de 2,65 minutos!

O relatório completo pode ser visto AQUI!

Mas o relatório traz uma observação importante, no dia 01 de Setembro ocorreram incidentes que prejudicaram a fluidez do trânsito na cidade, elevando em muito o tempo de deslocamento pela Av. Roberto Silveira e Av. Marquês de Paraná. Quando é desconsiderado este dia, a diferença média que encontramos no deslocamento é de apenas 1,89 minutos!

A diferença de tempo encontrada nos deslocamentos simplesmente não justifica a retira da ciclofaixa de onde se encontrava, no canteiro central, lado impar da Av. Marquês de Paraná, para o cima da calçada, do lado par da Av. Marquês de Paraná.
Carros



O que claramente não funcionou e provocou diversos conflitos arriscados, eram carros entrando e saindo do mercado existente no local.





A escolha da Rua




Devido as péssimas condições da calçada, até mesmo se fosse usada só pelos pedestres, ciclistas acabavam por optar em compartilhar a via com os carros.






Apertada


Onde encontrávamos uma ciclofaixa, esta estava perigosamente estreita. O perigo se tornava maior no ponto de ônibus, onde o cuidado tinha que ser redobrado quando dois ciclistas passavam em direções opostas e tinham que fazer uma difícil escolha.





Risco para crianças


Ciclistas costumam ser cuidadosos quando usam uma via compartilhada, contudo, mesmo com todo o cuidado, com um número muito grande de ciclistas e pedestres compartilhando uma calçada inexistente, o perigo existe, principalmente para as crianças de colo. 




Insatisfação


A insatisfação gerada entre ciclistas, pedestres e comerciantes foi enorme. Uma senhora parou junto ao Mobilidade Niterói e disse que parou de levar a neta para de bicicleta porque achou muito perigoso e mesmo assim quase foi atropelada por um ciclista na calçada.


Logicamente os mais experientes e que já tem certa segurança no uso da bicicleta acabam por escolher a rua, apesar de ser um direito, em uma via cuja a velocidade é desnecessariamente de 60km/h, existe um risco, ainda mais no horário de trânsito mais pesado como é o da volta para casa.




Perigo para todos


O fato é que o risco é desnecessário, são 249 vidas por hora que passam só neste trecho. Desde Janeiro deste ano o Mobilidade Niterói já constatou um aumento de 78,74% no uso da bicicleta como meio de transporte.

O acréscimo médio no tempo de deslocamento dos veículos automotores de apenas 1,89 minutos não se justifica quando comparados com o crescimento que já ocorre no número de ciclistas. Mais importante ainda será o crescimento provocado pela segurança a ser oferecida ao ciclista, que atrairá novos usuários, diminuirá o número de carros na cidade e melhorará a fluides do trânsito de automotores para aqueles que terão que continuar usando seus carros.



Pela rua mesmo

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Ciclofaixa Temporária - Que teste é esse?

Por Sérgio Franco



Na página oficial da prefeitura existe um pequeno texto falando sobre a ciclofaixa temporária:


"28/08/2015 - A Prefeitura de Niterói, por meio do programa Niterói de Bicicleta, vai implantar, a partir da próxima terça-feira (1/9) até o dia 7 de setembro, uma ciclofaixa temporária na Avenida Marquês do Paraná.  O funcionamento provisório servirá como teste para a futura implantação de infraestrutura cicloviária permanente nesta via.

A ciclofaixa, de aproximadamente um quilômetro e bidirecional, vai funcionar das 6h às 11h na pista sentido Centro-Icaraí, e de 16h às 21h na pista sentido Icaraí-Centro. Durante o teste, agentes da Nittrans estarão no local para auxiliar ciclistas, motoristas e pedestres.
A coordenadora do programa Niterói de Bicicleta, Isabela Ledo, explica que a ciclofaixa faz parte do projeto de mobilidade sustentável da cidade:
"Esta ciclofaixa vai ligar a ciclovia da Avenida Roberto Silveira à da Rua São Lourenço, facilitando o acesso tanto dos ciclistas da Zona Sul, como os da Zona Norte, ao Centro da cidade, à estação das barcas e ao Terminal João Goulart".
A ciclofaixa será delimitada por cones e agentes da Nittrans estarão no local para auxiliar a operação.
"É importante que motoristas, ciclistas e pedestres respeitem as orientações dos agentes de trânsito para o sucesso da operação", completa Isabela.
A previsão é que até o fim do ano a ciclofaixa provisória se torne permanente."

A publicação original pode ser vista AQUI.

O texto afirma que "O funcionamento provisório servirá como teste para a futura implantação de infraestrutura cicloviária permanente nesta via."

Bem, é um teste? Para entendermos como teste a ciclofaixa tem que ser existente, ter o tamanho adequado, funcionar como uma permanente funcionaria e ficar pelo menos 1 semana (o ideal seria mais) em cada ponto da via. E sabemos que em nenhum momento se cogita que uma ciclovia fique em cima da calçada, principalmente onde esta é praticamente inexistente.
Contudo, desde o primeiro dia de implantação, que foi até muito bem recebido por novos ciclistas e até pelos mais experientes, começaram os erros.
  • Ao longo do dia a ciclofaixa ia se estreitando até o ponto de mal haver espaço para um único ciclista;
  • A curva da Rua Dr. Celestino com Av. Marquês do Paraná foi negligenciada, apesar dos avisos;
  • O mesmo ocorrendo com a Rua São João esquina com a mesma Av. Marquês de Paraná;
  • Total ausência de orientação para ciclistas, motoristas e pedestres;
  • Total ausência de fiscalização (muito importante neste período)
Para a surpresa de todos, na última segunda-feira, dia 21/09, a ciclofaixa no período da tarde foi colocada da mesma forma que é posta pela manhã, com algumas pioras:
  • Ciclofaixa mais estreita e impossível de passarem duas bicicletas;
  • E por ser noite, um perigo muito maior na esquina da Rua Dr. Celestino com Av. Marquês do Paraná, para o ciclista que segue em direção ao Centro;


Compartilhando calçada inexistente


Mas o problema não acabou. No dia 23, terça-feira, a NitTrans teve a brilhante ideia de colocar a "ciclofaixa" sobre uma calçada que não consegue atender nem a demanda de pedestres, quanto mais um fluxo enorme de ciclistas junto aos pedestres.

E a história só piorou, a NitTrans acabou com a ciclofaixa, inclusive, no período do dia!

E os ciclistas simplesmente começaram a optar em usar a via, pois era claro que o risco para os pedestres era grande, já que a calçada é irregular, estreita, e o movimento de ciclistas é grande.

Com isto veio o desabafo da ciclista Lanna Lucchetti no facebook:

"POR QUE NÃO ESTOU USANDO A CICLOFAIXA TEMPORÁRIA?

Sei que serei mais uma batendo nessa tecla, mas não consigo conter minha indignação. Há algumas semanas atrás tinha uma ciclofaixa temporária linda, nos bordos da pista e contrafluxo, que estava servindo para conscientizar os carros além de incentivar os novos ciclistas. E eis que NO MEIO DA SEMANA DA MOBILIDADE (que ironia), colocam a ciclofaixa na calçada!
E não é qualquer calçada: é um trecho super crítico, com trânsito intenso do lado, pouco espaço para as pessoas andarem (quem passa ali sabe que 3 pessoas não andam lado a lado num trecho dessa calçada), cheia de degraus e buracos.
E passando ali com uma amiga que quis passar na ciclofaixa e não aguentando corroborar com o espaço sendo roubado dos pedestres e jogando a bike na via, ainda tomei carteirada de um agente de trânsito que fez questão de dizer que era engenheiro e CORONEL. Como se isso significasse alguma coisa pra mim, mas tudo bem.
Sério, Nittrans, Niterói de Bicicleta, Seconser, alguém. POR FAVOR APENAS TIREM essa ciclofaixa da calçada, parem de prejudicar os pedestres e coloque-a de volta no trânsito." 

E pela manhã também
Então, sabemos que quem determina e tem a palavra final sobre como os cones são colocados é a NitTrans, então entendemos que o Niterói de Bicicleta não tem qualquer gerência sobre a implantação das mesmas, e que aliás, nunca teve sobre nenhuma ciclovia ou ciclofaixa da cidade.

Aliás, o Niterói de Bicicleta foi tão surpreendido quanto os ciclistas.

A preocupação da NitTrans é com o trânsito, ok, nenhum problema quanto a isso. Ela quer fazer carros andarem, ok, mais uma vez, nenhum problema quanto a isto também. Mas todos que se interessam pela mobilidade urbana, e não precisa ser nenhum especialista no assunto, sabem que simplesmente não existe mais espaço para tanto carro!

Qual é a solução? A solução é incentivar e criar condições para que os coletivos e os transportes ativos, onde se destaca a bicicleta, ganhem espaço e com isto diminuindo a necessidade do uso dos carros e consequentemente melhorando o trânsito para aqueles que realmente precisam usar estes. Todos ganham.

Na primeira semana, enquanto existia uma ciclofaixa (com todos os problemas) o Mobilidade Niterói conversou com pelo menos 3 ciclistas que estavam usando a bicicleta pela primeira vez para ir ao trabalho, justamente por causa da ciclofaixa. Ou seja, mais ciclistas, mais pessoas usando transporte público, menos carros, melhor é a fluidez do trânsito.

Agora, se a NitTrans, implanta uma ciclofaixa que não trás a mínima segurança (mesmo que no sentido de orientação) acaba simplesmente por desestimular o uso da bicicleta. O que fazer depois para melhorar a "fluidez do trânsito"?, alargar todas as vias da cidade, derrubando prédios, diminuindo calçadas, invadindo parques?

O Mobilidade Niterói esteve fazendo o acompanhamento do trânsito pelo site Waze através do Live Maps.

Live Map Waze
O que é o Waze? Waze é um dos maiores aplicativos de trânsito e navegação do mundo baseado em uma comunidade. Os motoristas compartilham informações de trânsito das vias em tempo real!

Cidades como San Jose, Jacarta, Boston, Tel Aviv, Barcelona, Los Angeles e Nova York; e os estados de Utah e Flórida já usam este aplicativo para acompanhar o trânsito. Da mesma forma, empresas como a Rede Globo, Sulamérica Trânsito e Rádio Estadão e os sites da Folha de S. Paulo e Diário do Nordeste também trabalham com a ferramenta.

Portanto, tem sido uma  ferramenta confiável para análise sobre o trânsito.

O Mobilidade Niterói acompanhou o trânsito no período da tarde e no sentido Zona Sul - Zona Norte e o ponto escolhido para inicio deste acompanhamento foi a esquina da Av. Pres. Roosevelt esquina com Av. Quintino Bocaiuva, em São Francisco, até a entrada da Rua São Lourenço.

E o que constatamos foi que, a diferença entre a ciclofaixa no canteiro central e a ciclofaixa (quando existente) do lado do Hortifruiti foi de 2,65 minutos, porém lembramos que no primeiro dia de medição do trânsito houveram ocorrências que nada tinham haver com a ciclofaixa e prejudicaram a medição.

Comparação de tempo
Contudo, se desconsiderarmos o tempo registrado na terça, 01 de Setembro, quando ocorreu o imponderável, e trocarmos pelo segundo maior tempo médio registrado de 12,71 minutos, teremos uma diferença de tempos médios das  duas semanas de apenas 1,40 minutos.

Convenhamos que 1,40 minutos não justifica nenhum tipo de mudança, principalmente em um período de adaptação, além do que, com uma ciclovia e/ou ciclofaixa segura a tendência é que mais pessoas passem a usar as bicicletas e deixar seus carros em casa e com isso o "trânsito ganhe fluidez".

Mais uma vez, é teste? Então que se teste todas as possibilidades e não que se esconda uma "ciclofaixa" onde uma ciclovia nunca irá passar!

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Pouco antes de completarmos esta matéria tivemos notícia que hoje, 25 de Setembro de 2015, uma criança foi atropelada por um ciclista na calçada onde foi colocada a ciclofaixa, nada de mais grave ocorreu.











terça-feira, 22 de setembro de 2015

Parceria nacional pela Mobilidade por Bicicletas - Resultado Preliminar

Por Sérgio Franco



Saiu o resultado parcial da Parceria Nacional Pela Mobilidade Por Bicicletas, a pesquisa que tem como objetivo descobrir quem são os ciclistas brasileiros, e o Mobilidade Niterói estava na parceria composta de 12 organizações. Mas o mais importante, Niterói foi a única não capital convidada a participar da pesquisa.

Todas as cidades seguiram uma mesma metodologia e cada uma teve um número determinado de entrevistas que deveriam ser realizados levando-se em consideração o tamanho da população.

As demais cidades participantes, todas capitais, foram:
  • São Paulo
  • Rio de Janeiro
  • Porto Alegre
  • Belo Horizonte
  • Brasilia
  • Recife
  • Salvador 
  • Aracaju
A maioria dos ciclistas brasileiros entrevistados tem entre 35-44 anos, concluiu o ensino médio, recebe até 2 salários mínimos, pedala até 30 minutos no seu deslocamento principal, não se envolveu em incidentes de trânsito recentemente e, principalmente, gosta de pedalar. A  bicicleta é o principal meio de deslocamento das pessoas ouvidas que pedalam no mínimo 5 dias por semana de porta a porta, sem integrar com qualquer outro meio de transporte.

Em Niterói alguns dados já se destacam, como a quantidade de dias que o ciclista usa a bicicleta como meio de transporte, 71,3% mais de 5 vezes por semana!

Mais de 71,3% usa a bicicleta mais de 5 vezes por semana
    
Resultado Nacional 

Outro dado que se destacou é a intermodalidade, ou seja, o uso de mais de um modal de transporte. Em Niterói 47,1% dos usuários da bicicleta utilizam mais de um meio de transporte em seus trajetos diários. O que não é uma grande surpresa. 


Encontramos nas diversas regiões da cidade conexões como, bicicleta e ônibus, bicicleta e barcas (ou catamarã), e encontramos inclusive um fato curioso de uma pessoa que usa o carro, o catamarã e a bicicleta, provando mais uma vez que basta dar condições que as pessoas adotam a bicicleta.

47,1% de Intermodalidade
      
Resultado Nacional

37,9% dos ciclistas possuem nível superior ou são pós graduados e 62,9% dos entrevistados tinham entre 25 e 44 anos.

Idade
                 
Resultado Nacional

64,4% dos entrevistados levam em média entre 10 e 30 minutos no trajeto que fazem de bicicleta, quando em nível nacional a média entre 10 e 30 para 56,2% dos entrevistados.

Entre os ciclistas que foram entrevistados em Niterói, somente 14,9%, sofreu algum tipo de acidente de trânsito, mas não foi analisado a gravidade nem o tipo de acidente, índice inferior a média nacional.

Estes são apenas dados preliminares e ainda serão analisados com maior profundidade o que gerará um relatório Nacional.

Mas como vimos, Niterói se destaca, por tudo que o Mobilidade Niterói já falou sobre a cidade, ideal para se usar a bicicleta, com curtas distâncias e sem grandes subidas à serem vencidas.

Temos sempre que lembrar que quanto mais pessoas usarem bicicletas, menos carros estarão nas ruas, e o trânsito ficará melhor para aqueles que infelizmente terão que usar seus automóveis.