sábado, 27 de dezembro de 2014

Bate-papo com Argus Caruso

Por Sérgio Franco


No dia 19 de dezembro de 2014 o Mobilidade Niterói encontrou com Argus Caruso (http://www.arguscaruso.com.br), então coordenador do Programa Niterói de Bicicleta, para um bate-papo.


Neste dia ele se despedia da cidade, iria ainda participar da última bicicletada do ano realizada pelo coletivo Bicicletada/Massa Crítica Niterói.

Na conversa que teve com o Mobilidade, ele falou como foi convidado para ser coordenador do programa o Niterói de Bicicleta, dos desafios encontrados, da importância dos movimentos em prol da bicicleta, como o Bicicletada/Massa Crítica Niterói e o Pedal Sonoro, do apoio recebido do prefeito Rodrigo Neves e do vice-prefeito Axel Grael, falou sobre o uso da bicicleta na cidade de Niterói, comentou sobre a escolha do Circuito Universitário como o primeiro projeto e sobre os encontros ciclo-participativos e a importância deles, entre outros assuntos.


O fato é que o Argus pode não ter feito tudo que gostaria para a cidade, mas a verdade é que o pouco que fez, e que podemos considerar muito se levarmos em consideração todas as dificuldades encontradas, deixou sua marca e plantou as sementes para uma cidade mais ciclável e mais feita para pessoas e menos para os carros.


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Carta aberta para Nittrans

Desde que começou o trabalho para a implantação das ciclovias em Niterói tem-se tido problemas com um órgão específico, Nittrans.

Diversas são as reclamações, que vão desde a falta de fiscalização, passando pela implantação e manutenção das estruturas cicloviárias, até a ausência completa de campanhas educativas e informativas.

No que cabe a fiscalização, voltada principalmente para motoristas e motociclistas mal intencionados, são flagrados diariamente motos circulando pela ciclovia da Av. Roberto Silveira, é só o trânsito engarrafar um pouco ou o motociclista querer fazer uma contramão para encurtar o caminho. Inclusive já foram flagrados carros cortando caminho pela ciclovia. E estamos falando apenas da ciclovia da Av. Roberto Silveira, o que não dizer das ciclofaixas da zona norte, região oceânica e circuito universitário?

Imagens tiradas do grupo Niterói de Bicicleta
Quanto a parte estrutural, a ciclovia da Av. Roberto Silveira, importante conquista para a mobilidade da cidade de Niterói, inaugurada dia 22/11/2014, com pouco mais de 1 mês de implantação, já se encontra completamente degradada, pondo em risco a vida de ciclistas de diversas idades.

Imagens do grupo Niterói de Bicicleta
 Imagem da direita, arquiteto da TC Urbes durante a vistoria recolocando segregador.
Quanto à informação e educação, não existe nenhuma orientação dada aos motoristas de como proceder para embarque e desembarque, carga ou descarga, nenhuma placa informativa dizendo como executarem tal procedimento, será que devem proceder da mesma forma que é feito na Amaral Peixoto? Ou seja, parar ao longo da ciclovia? Acredito que sim, mas se realmente é assim, não existe nenhuma placa orientando, nem ninguém para informar. E estamos falando apenas dos motoristas que não sabem como proceder neste momento e não do mal intencionado.

Imagens do grupo Niterói de Bicicleta
Entendemos que problemas existem e que nem todos são de fáceis soluções, por isso o Mobilidade Niterói tentou uma aproximação para entender as dificuldade e oferecer apoio e trocar ideias, contudo ao que parece essa tentativa foi infrutífera.

Por isso é que divulgamos esta carta aberta para a Nittrans. 


Niterói, 26 de dezembro de 2014


Carta aberta à NitTrans,

É com certo pesar que escrevemos esta carta, mas entendemos que talvez esta possa contribuir para mudanças e melhorias na gestão do trânsito em Niterói.

Em 25/09, o grupo Mobilidade Niterói, representado por Vinicius Ribeiro e Ana Luiza Carboni, estiveram na NitTrans onde foram recebidos pelos: presidente Paulo Afonso, diretor Alexandre Cony e assessores Rodrigo Rebechi e João Carlos Viegas.

Neste encontro a NitTrans prometeu diversas informações e ações para os cidadãos e contribuintes niteroienses. No entanto, além de não realizarem uma sequer, tampouco respondem aos pedidos de informação.

No dia 29 de setembro o correio abaixo foi enviado à assessoria de imprensa, conforme instruído pelo presidente da empresa, Coronel Paulo Afonso:

Estimados colegas da Nittrans,
Agradecemos a calorosa recepção que nos foi oferecida em nosso encontro do dia 25/09. Ficamos muito gratos com a cordialidade que esta empesa nos recebeu.
Reiteramos os elogios presenciais sobre a evolução percebidas ao que tange às atividades de educação, infraestrutura e fiscalização. Não obstante, entendemos que ainda há muitos pontos de melhoria que precisam ser trabalhados.
Conforme combinamos em nosso encontro, pedimos que nos encaminhem as seguintes informações:
·         Qual a previsão de novo credenciamento de funcionário para que possam trabalhar com autuações?
·         Existe previsão para credenciar agentes da guarda municipal para atuar na fiscalização e fazer autuações? Se sim, quando? Quantos devem ser credenciados?
·         Favor nos informar estatísticas de multas aberto por período (mensal), área e infração.
·         Favor nos informar as estatísticas de acidentes com ciclistas. Abrir por período, gravidade e local do acidente;
·         Favor nos informar as campanhas educacionais que a NitTrans tem participado. Adicionalmente pedimos que informem o planejamento para as próximas atividades;
o   Sugerimos que seja feita uma campanha educacional em parceria com o Niterói de Bicicleta e a CCR Barcas para conscientizar os ciclistas de seus direitos e deveres. Esta campanha tem fácil implantação. Basta acordar com a CCR Barcas para distribuir CTBs junto à roleta por onde passam os ciclistas nas estações. Acreditamos que isto pode trazer um benefício significativo, pois graças às ações da Prefeitura e da sociedade civil organizada, muitos ciclistas estão se sentindo confiantes em retirar suas bicicletas empoeiradas dos bicicletários e ganhando as ruas. No entanto, estes ciclistas frequentemente não conhecem seus direitos e deveres, evidenciando, portanto, a importância de uma campanha como essa.
o   Outra campanha que entendemos como sendo importante é junto aos novos ciclistas, que estão adquirindo suas bicicletas nos cicles ou levando-as para reparo. Acreditamos que uma comunicação com estes ciclistas por meio dos ciclistas seja de grande valia para a cidade. Portanto, uma cartilha pode ser elaborada neste sentido. Colocamo-nos à disposição para ajudar na elaboração da mesma. Enquanto a cartilha não fica pronta, uma solução de curto prazo é distribuir CTBs para que os cicles repassem aos ciclistas.
·         Pedimos que nos informe as estatísticas de denúncia de infrações pelos meios de comunicação disponíveis: Whatsapp, e-mail e telefone, assim como o percentual de atendimento destas denúncias;
o   Acredito que o telefone que recebe as denúncias de Whatsapp esteja com um frequente problema de sinal de dados, pois muitas vezes as denúncias enviadas não chegam, conforme abordado com o Coronel Cony.
·         Solicitamos providenciar sinalização vertical, sobretudo informando sobre a preferência dos ciclistas sobre os veículos automotores. Sugerimos colocar placas em cruzamentos como o da Amaral Peixoto, por exemplo. Entendemos que o envolvimento do Niterói de Bicicleta é fundamental nesta ação;
o   Outra sinalização vertical importante é avisar que as ciclofaixas são mão dupla, quando for o caso. Pois as pessoas estão acostumadas a olhar apenas para o sentido do trânsito. Esta ação pode evitar acidentes.
·         Gostaríamos que a Nittrans avaliasse a possibilidade de criar um canal de comunicação 24 horas para denúncias de infrações;
·         Solicitamos que analisem a possibilidade de orientar os agentes e operadores que atuam em ruas com infraestrutura cicloviária, que estes se mantenham ao lado desta a fim de inibir infrações e até mesmo autuar caso aconteçam. Muitas vezes estes ficam do outro lado da rua e não fiscalizam as infrações.
·         Sabemos que a receita oriunda de multas não consta no orçamento, pois não pode ser prevista. No entanto, gostaríamos de saber se a NitTrans tem orçamento. Se sim, pedimos por gentileza que nos informe;
·         Pedimos que a NitTrans avalie a instalação de faixa de pedestres pelos bairros de Niterói. Nos bairros de Icaraí e Santa Rosa, por exemplo, são escassas as faixas de pedestres. Caso estas fossem presentes, acreditamos que o índice de motoristas que cedem a preferência para os pedestres aumentaria.
Adicionalmente, ficamos muito gratos com a predisposição da Nittrans em ter um diálogo aberto com a sociedade. Entendemos que isto seja altamente benéfico para a empresa e contribuirá para uma melhor compreensão dos cidadãos sobre o trabalho da NitTrans. Portanto, aceitamos o convite para que fosse feito um grande encontro entre os ciclistas e a Nittrans no auditório da empresa. Gostaríamos de discutir convosco uma data e uma pauta. Sugerimos um encontro de aproximadamente 2h, e pedimos que avaliem a conveniência e exequibilidade dos pontos a seguir:
1.       Iniciar com boas-vindas aos ciclistas com distribuição de kits com CTB, camisa, bloco de anotações, caneta e o que mais puder ser oferecido. Uma mesa com água, suco, café, frutas e biscoito também seria desejável;
2.       No auditório, a Nittrans faria uma breve apresentação sobre a empresa, algo institucional, dizendo que se trata de uma empresa de economia mista, quem são seus gestores, quantos funcionários têm na empresa (divididos entre contratados e concursados, além de área de atuação da empresa: administrativo, planejamento, operação, etc.). Adicionalmente, cabe explicar a diferença entre agente credenciado e o operador de trânsito, sendo que apenas aqueles têm poder de autuação;
3.       A NitTrans apresenta o que tem feito nas vertentes: infraestrutura, educação e fiscalização;
4.       Entendemos que o Niterói de Bicicleta deva ser convidado;
5.       Sugerimos que seja deixado um espaço de pelo menos uma hora para interação entre os ciclistas e a NitTrans;
6.       Como existe limitação de espaço, creio que a NitTrans deva organizar inscrições prévias para o evento;
7.       Aguardamos retorno sobre data e horário.
Por fim, gostaríamos de solicitar que nos enviassem as fotos tiradas no encontro e reiteramos os agradecimentos, colocando-nos à disposição para trabalhar juntos e construirmos uma Niterói melhor.
Grande abraço,
Vinicius Ribeiro”

No dia 1º de outubro, o coletivo Mobilidade Niterói reiterou o pedido:

Prezados,

Estamos no aguardo e uma resposta para o mail enviado por Vinicus Ribeiro que reflete o posicionamento do Mobilidade Niterói.

Reiteramos nosso oferecimento de ajuda em futuros projetos.

Abraços”

Em 27 de outubro, novamente foi enviado mais um correio:

Estimados,

Informo que não recebi a resposta para o e-mail abaixo. Por acaso esta foi enviada? Em caso positivo, peço favor reenviar. Caso contrário gostaria de saber a previsão da resposta. Caso não consiga esclarecer  e dar andamento a todos os pontos, alguns provavelmente podem.

Atenciosamente,

Vinicius Ribeiro”

Nesta mesma data a NitTrans, através de sua assessoria de imprensa respondeu apenas:

Boa tarde, Vinícius.

No momento, ainda não há uma resposta.  Por favor, aguarde que iremos entrar em contato.

Att
João Carlos Viegas”

Em 1º de dezembro, tentamos uma vez mais:

Prezados, boa tarde.

Entendo que devem estar envolvidos em diversas outras atividades, mas como nosso encontro foi em setembro e já estamos em dezembro, talvez tenham conseguido chegar a algumas respostas para os pontos que colocamos abaixo.

Aguardo retorno.

Atenciosamente,

Vinicius”

Infelizmente, sem retorno.

Este descaso com a população não é apenas na resposta às solicitações de informações e ações. O descaso é visto diariamente nas ruas de Niterói seja na falta de estrutura, materiais adequados e manutenção da ciclovia da Avenida Roberto Silveira inaugurada em 22/11 e já bastante degradada, seja na fiscalização ineficiente: milhares de flagrantes de desrespeito à legislação nos mesmos lugares e horários sem a resposta adequada.

Outro ponto que carece de atenção são as campanhas e educação e conscientização que ocorrem de maneira muito aquém da necessidade do município.

Os cidadãos contribuintes e eleitores de Niterói não mais aceitam esta má gestão. Exigimos que nossos recursos sejam adequadamente aplicados, que nossos direitos sejam respeitados e que os agentes públicos cumpram suas obrigações.

Continuamos aguardando um posicionamento da Nittrans e pedimos a atenção da Prefeitura de Niterói para com esta empresa que tem sido uma das campeãs de reclamações.

Atenciosamente,

Mobilidade Niterói

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Marques do Paraná discutida e vistoriada.

Por Sérgio Franco

No dia 10 de dezembro de 2014, foi realizado o XII Encontro Ciclo Participativo no auditório da Fundação Niemeyer.

O encontro contou com a participação do vice-prefeito Axel Grael, do Coordenador do programa Niterói de Bicicleta, Argus Caruso, do representante da TC Urbes, Rafael Siqueira, e da futura coordenadora do programa Niterói de Bicicleta Isabela Ledo.

Durante o encontro foi  explicada a metodologia a ser usada pela TC Urbes, e discutida a Marques de Paraná com a participação dos ciclistas presentes.

A abertura se deu no auditório mas o clima de integração e informalidade e a vontade de discutir esta importante via, fez o encontro se estender, e todos acabaram indo para a lanchonete do Teatro Popular, onde foi aberta uma foto da via e discutido os pontos considerados críticos pelos ciclistas.

TC Urbes e Niterói de Bicicleta analisando a via

Já no dia seguinte, dia 11, o Mobilidade Niterói acompanhou Rafael Siqueira (TC Urbes), Isabela Ledo (futura coordenadora do Niterói de Bicicleta), e os estagiários Ana Carolinha e João Lucas (este integrante do Pedal Sonoro e Bicicletada Niterói), em uma vistoria, realizada de bicicleta, que percorreu desde a Rua Timbiras, onde se observou as soluções empregadas, até o final da ciclofaixa da Benjamin Constant, passando pela Av. Roberto Silveira, Av. Marques de Paraná, São Lourenço e retornando pela Av. do Contorno, Av. Feliciano Sodré chegando novamente na Av. Marques de Paraná.

O circuito percorrido na vistoria


Todos os pontos levantados pelos ciclistas no encontro do dia  anterior foram observados nesta vistoria, o que é animador, tendo em vista que tanto a futura coordenadora do Niterói de Bicicleta e a própria TC Urbes tiveram a preocupação de levar em conta as considerações e a experiência dos ciclistas, ou seja, tudo indica que o relacionamento estreito que começou com Argus Caruso vai permanecer no próximo ano com Isabela Ledo.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Relatório Preliminar Sobre As Bicicletas Na Cidade De Niterói




O Mobilidade Niterói acabou de finalizar o Relatório Preliminar Sobre As Bicicletas Na Cidade de Niterói, como informado, o relatório já foi encaminhado a Prefeitura de Niterói através do Niterói de Bicicleta.

Este relatório foi a combinação de duas pesquisas realizadas, a de Demanda Reprimida e Percepções Sobre o Uso da Bicicleta e a pesquisa Perfil, Origem e Destino dos Ciclistas.

Acreditamos que este foi o primeiro estudo exclusivo para a cidade de Niterói com a finalidade de conhecer os ciclistas e a aceitação por parte da população não ciclista do uso da bicicleta na cidade.

Esperamos que este estudo preliminar sirva de não só de justificativa para a implantação de uma rede cicloviária adequada mas também para orientar na implantação destas.

O relatório esta disponível para todos neste link: Relatório Preliminar Sobre As Bicicletas Na Cidade De Niterói

A boa notícia esta por conta da aprovação por parte da população não usuária da bicicleta. A grande maioria da população moradora dos bairros situados dentro do raio de 5 km, contados da estação das barcas do Centro de Niterói, não só apoia a bicicleta como meio de transporte, como também passariam a usar a mesma se determinadas condições fossem oferecidas.

Síntese da pesquisa Demanda Reprimida e Percepções Sobre o Uso da Bicicleta.

  •  87% Concordam que uso da bicicleta é uma boa opção como meio de transporte no dia-a-dia.
  •  90% Concordam que uso da bicicleta melhora o trânsito nas ruas e avenidas.
  •  63% Concordam que o uso de bicicleta NÃO é restrito a alguns perfis/tipo de pessoas.
  •  94% dos entrevistados usariam a bicicleta como meio de transporte se determinadas demandas fossem atendidas.


As demandas atendidas que mais trariam novos usuários da bicicleta como meio de transporte são:

  •  Mais ciclovias.
  •  Mais bicicletários.
  •  Mais respeito aos ciclistas.


Síntese da pesquisa Perfil, Origem e Destino dos Ciclistas de Niterói.

  • 56% dos ciclistas possuem de 20 até 35 anos de idade.
  • 64% possuem nível superior e 33% algum grau de especialização
  • 33% tem renda familiar a partir de R$ 7.250,00 e 10% renda superior a R$ 14.499,99.
  • 90% utiliza a bicicleta como meio de transporte.
  • 45,34% utilizam a bicicleta de 3 a 5 dias por semana e 27,96% de 6 a 7 dias por semana.
  • 19,65% tem como origem do percurso o bairro de Icaraí.
  • 15% dos ciclistas têm seus percursos iniciados na zona norte (Barreto, Cubango, Fonseca, Santa Bárbara, São Lourenço).
  • 47,61% dos ciclistas tem como destino o Centro de Niterói.


As conclusões.

O apoio à bicicleta já existe e a pré-disposição em adota-la como meio de transporte também.

Ficou provado o grande uso da bicicleta em Niterói e que ciclistas também são potenciais consumidores.

Ações importantes a serem tomadas:

  • Implantação de ciclovias. Importante ressaltar que estas sejam contínuas e que se liguem ao centro da cidade, principal destino dos ciclistas da cidade e dos potenciais usuários da bicicleta. Esta ligação estimulará também o seu uso para o deslocamento entre os bairros.
  • Campanhas educativas e informativas, onde sejam explicados não só a legislação aplicada mas as formas de conduta de pedestres, ciclistas e motoristas para o bom convívio e o como proceder em determinadas situações.
  • Implantação de bicicletários.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Pesquisa Demanda Reprimida e Percepções Do Uso da Bicicleta.

O Mobilidade Niterói em parceria com o Niterói de Bicicleta realizou nos meses de Setembro e Outubro pesquisa que visava identificar a demanda reprimida por uma estrutura cicloviária, as percepções dos não ciclistas quanto ao uso da bicicleta e se os mesmos seriam a adotariam como meio de transporte se determinadas condições fossem atendidas.

A estação das barcas foi o local escolhido por ser o principal ponto de convergência dos moradores de Niterói e ter o maior número de potenciais novos ciclistas, já que,  para esta primeira análise selecionamos só aqueles questionários em que os entrevistados moravam dentro de um raio de 5 km a partir da estação das barcas.

A análise ainda não esta completa e estes dados não foram depurados mas os resultados preliminares são mais do que gratificantes.

Foram 229 entrevistados, todos não ciclistas ou no mínimo não usuários habituais da bicicleta.
  •        91% dos entrevistados CONCORDAM que o uso da bicicleta melhora o trânsito nas ruas e avenidas
  •        88% dos entrevistados CONCORDAM que a bicicleta é uma boa opção como meio de transporte no dia-a-dia.

Esta boa notícia não poderíamos deixar para depois e logo assim que o relatório completo estiver pronto encaminharemos o mesmo à Prefeitura de Niterói através do programa Niterói de Bicicleta assim como disponibilizaremos on-line para todos os interessados.



Agradecemos a CCR Barcas por nos permitir usar suas dependências e a Salete Peres e Daniel Marques por terem intervindo junto a CCR.

Obrigado!


O Mobilidade Niterói encerrou o formulário da pesquisa de Perfil, Origem e Destino dos Ciclistas de Niterói!

Foram 406 formulários respondidos, ou seja, atingimos a meta mínima de 376 ciclistas participando.

Por que esta meta foi importante? Porque segundo o IPEA seríamos 14954 ciclistas na cidade e com a participação de 406 ciclistas a pesquisa atingiu 95% de confiança.

Os dados ainda serão analisados e um relatório será feito e entregue à Prefeitura de Niterói através do programa Niterói de Bicicleta e também ficará disponível na internet para quem se interessar.

Agradecemos a ajuda do Pedal Sonoro, Bicicletada/Massa Crítica Niterói, Ciclistas de Niterói, Barcellos Sports e Amazonas Bike por ajudarem na divulgação e principalmente a você ciclista!






terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Pesquisa do uso das bicicletas pelos alunos das escolas municipais de Niterói


O Mobilidade Niterói em parceria com o Niterói de Bicicleta e com apoio da Secretaria de Recursos Hídricos e Meio Ambiente juntamente com a Secretaria de Educação de Niterói, realizou pesquisa sobre o uso das bicicletas nas escolas por parte dos alunos.

O estudo tinha como objetivo descobrir quantos alunos se utilizam da bicicleta e entre os que não as utilizavam, quais os motivos para não adotá-la e quais seriam as mudanças a serem adotadas que estimulariam seu uso.


Foram respondidos 517 formulários, sendo que 481 foram respondidos pelos alunos e 45 por funcionários e professores.

Foi identificado que 54% dos alunos possuem bicicleta contudo só 7% deles as utilizam para irem à escola.

O mais impressionante é que entre os alunos que tem bicicleta e moram dentro do raio de 5km da escola, ou seja, uma distância ideal para o uso da bicicleta, 38% se utilizam de meios motorizados como transporte.

Quando questionados dos motivos para não utilizarem a bicicleta, 39% destes estão relacionados diretamente a uma estrutura cicloviária segura.

Como ponto positivo, 61% dos alunos e 58% dos professores e funcionários disseram que adotariam as bicicletas como meio de transporte para escola se houvessem ciclovias e bicicletários seguros.

O Relatório completo pode ser acessado neste link: As Bicicletas Nas Escolas Municipais de Niterói




segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Empresas investigadas pela operação lava-jato e os projetos de mobilidade em Niterói

"A participação de empresas investigadas pela operação Lava-Jato da Polícia Federal em projetos e obras de Niterói como o corredor viário TransOceânica e a Operação Urbana Consorciada (OUC) acendeu sinal de alerta na cidade."

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/bairros/empresas-alvo-da-lava-jato-tem-contratos-projetos-em-niteroi-1-14695692#ixzz3KeYIH73x 

Desrespeito ao CICLISTA faz surgir cicloativistas

Neste domingo, 30, foi publicada no jornal  O Globo Niterói matéria sobre a inauguração da ciclovia da Av Roberto Silveira.

Conforme artigo publicado anteriormente, durante a concentração da pedalada de inauguração representantes do Mobilidade Niterói, Pedal Sonoro, Bicicletada / Massa Crítica Niterói, Pedalentos e Bike Anjo entregaram ao prefeito o abaixo assinado pedindo um bicicletário público, seguro e gratuito na Praça Araribóia.

Reprodução da matéria no jornal O Globo Niterói de 30 de novembro de 2014 por LEONARDO SODRÉ
"Desrespeito a ciclofaixas faz surgir cicloativistas
A expansão das ciclofaixas pela cidade — dobraram de 15km para 30km nos últimos dois anos e devem chegar a 60km em 2016 — e tragédias como a que vitimou um ciclista há dez dias no Barreto fizeram surgir um novo tipo de adeptos das “magrelas”: os cicloativistas. Durante a inauguração da ciclovia da Avenida Roberto Silveira, um grupo entregou ao prefeito Rodrigo Neves um abaixo-assinado. Entre as reivindicações, a principal é que haja um reforço na fiscalização para evitar que motoristas invadam as vias exclusivas. A morte, há pouco mais de uma semana, do PM reformado Luiz Carlos da Conceição, de 56 anos, na esquina das ruas Benjamim Constant e General Castrioto, no Barreto, ligou o alerta para o perigo que os ciclistas enfrentam nas ruas da cidade. Em menos de dois anos, a malha cicloviária em Niterói dobrou de 15 quilômetros, em 2012, para os atuais 30 quilômetros. O crescimento no uso do transporte trouxe a reboque o coro dos usuários por mais espaço e respeito nas vias, levando a prefeitura a tornar o tema “Educação no trânsito” mote principal do programa Niterói de Bicicleta para o ano que vem. Além de estipular a meta ambiciosa de fechar 2016 com 60 quilômetros de faixas exclusivas para as “magrelas”, o município reconhece que há muito a ser feito no quesito segurança.
—Nós ainda temos muito o que fazer. Nem todo mundo é a favor da bicicleta, ainda há uma resistência grande, mas temos que ir conquistando os espaços. Estamos, aos poucos, dando passos emblemáticos, como a ciclovia da Amaral Peixoto, que ninguém acreditava que ia dar certo e deu, e já está consolidada, assim como ficará a da Roberto Silveira — disse o vice -prefeito Axel Grael durante a inauguração da ciclofaixa da avenida da Zona Sul, na semana passada.
A consultora de Recursos Humanos, Ana Luiza Carboni, adotou a bicicleta como veículo de transporte em 2012. De lá para cá, seu engajamento por mais segurança nos trajetos só cresceu. Em maio ela se uniu a outros cicloativistas e criou o grupo Mobilidade Niterói, com o objetivo de estudar e propor soluções de mobilidade urbana para a cidade. Na sua opinião, houve avanços, mas a falta de fiscalização contribui para a insegurança.
— O crescimento das faixas exclusivas realmente ocorreu. Fica mais organizado e muito bonito a rua pintada e sinalizada. Mas não adianta nada se não tem fiscalização. Os motoristas precisam entender que, quando ele passa com o carro na faixa de ciclistas, ele põe em risco a vida de quem está de bicicleta. Isso só é resolvido com mais fiscalização, que faz com que aumente o respeito — sugere.
A prefeitura está decidida a transformar Niterói em uma cidade ciclável. Através do projeto “Niterói que queremos”, lançou a meta de consolidar a malha cicloviária em cem quilômetros até 2020 e chegar a 2033 com 140 quilômetros. Diante desse panorama, os ciclistas estão mobilizados por um crescimento que também traga ganhos em segurança. Na semana passada, durante a inauguração da ciclofaixa da Avenida Roberto Silveira, eles encontraram o prefeito Rodrigo Neves e fizeram uma série de reivindicações. A maioria dos apelos foi por mais fiscalização. O presidente da NitTrans, coronel Paulo Afonso, diz que elas ocorrem e que as reincidências só acontecem porque a penalização é branda.
— A NiTrans tem dois fiscais na ciclofaixa do trajeto da Amaral Peixoto e do Caminho Niemeyer todos os dias. Temos uma equipe de reboque percorrendo terça, quinta e sábado todas as ciclovias para tirar os carros e caminhões estacionados. A questão maior é a educação. A pessoa comete a infração, tem o carro rebocado, paga R$ 200 e depois volta a estacionar na ciclofaixa. Nossa área é Niterói, mas eu acho que uma campanha dessas tem ser executada pelo Detran, pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) e os órgãos da união — afirma.
PEDIDO DE BICICLETÁRIO MAIOR
No encontro dos cicloativistas com o prefeito, o grupo entregou a ele um abaixo-assinado contendo 3.700 nomes, reivindicando a instalação de um bicicletário público, seguro e gratuito, ao lado da estação das barcas, na Praça Araribóia. De acordo com o movimento, o que existe no local não está mais dando vazão e vive sempre amontoado. O prefeito assinou o recebimento e se comprometeu a trocar o bicicletário por um equipamento maior.
— Estamos fazendo diversas pesquisas para orientar decisões estratégicas que estão sendo tomadas pela prefeitura. A pesquisa com as escolas é a mais recente e ainda está em estudo. Nosso objetivo principal é que a nova geração entenda os benefícios de uma cidade amiga da bicicleta e possa contribuir substancialmente, no curto e médio prazos, para a transformação que buscamos na cidade — defende Argus Caruso, coordenador do programa Niterói de Bicicleta.
30 nov 2014 O Globo Niterói LEONARDO SODRÉ"